*** Sanctus...Sanctus...Sanctus *** E é importante apoiar-se numa comunidade ,mesmo que seja virtual,porque entre aqueles e aquelas que a compõem,encontram-se os que estão nos tempos em que o dia vai ganhando, pouco a pouco, à noite. Irm.Silencio

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Somos Igreja...não podemos saír de nós


"Esta Igreja que eu amo"


Já fazia frio, o vento trazia-o com alguma intensidade e, ainda assim, não foram poucos aqueles que se atreveram a secundarizar o aconchego do calor das suas casas e famílias para se reunirem e unirem por uma causa maior, que o coração lhes segredava ser mais nobre, a alma lhes assegurava ser mais mais divina...
De noite já, aqueles corações e aquelas vidas, mais novos e mais velhos, ousaram naquele encontro de Comunidade ouvir falar do amor à Igreja, do amor da Igreja, do amor pela Igreja.
E creio que posso afirmar que foi notável aquele partilhar de desejos, sonhos, projectos, inquietudes, vontades firmes de renovar, de aprender e reaprender o amor à Igreja. A Igreja que também tem rosto, tem história, tem sangue, alma e coração, tem vida, tem eternidade, aqui em Carcavelos...
Esta Igreja que eu amo, é verdade, tem defeitos, tem mancha, tem "rugas" de pecado; esta Igreja não raras vezes pouco tem de Evangelho, de rosto fiel do Seu Senhor, de identificação com o gesto do lava-pés e com o escândalo e a sabedoria da Cruz! Mas, ainda assim, esta é a Igreja que eu amo.
Esta Igreja, é verdade, demasiadas vezes não aponta ao mundo o caminho do Céu nem fala aos homens a linguagem do Coração trespassado de Jesus de Nazaré! Mas, ainda assim, esta é a Igreja que eu amo.
Esta Igreja tem demasiadas vezes os traços do mundano e do terreno, as marcas da ligeireza e da mediocridade! Mas, ainda assim, esta é a Igreja que eu amo.
Poderão perguntar-se porquê então?!
A resposta não é difícil: porque esta é a Igreja de Jesus.
Ela é humana, ela é terrena, ela é mesmo pecadora, para que eu nela tenha lugar.
Ela apresenta-se com mancha e com pecado porque ela é construída por homens como eu, pecadores que não desistem de ser melhores, que não desistem de ser santos.
Ela é frágil e pobre, mas é a Igreja de Jesus.
Que a quer e sonha mais ao jeito do Evangelho, é verdade.
Mas esta Igreja, feita de homens e mulheres crentes na Palavra d'Aquele Homem da Galileia, é a Igreja de Jesus Cristo. É o tempo e é o espaço que Ele escolhe e habita para Se apresentar ao mundo de cada tempo...
Esta Igreja de homens e mulheres pecadores é a mesma Igreja que tem no seu seio, simultaneamente, outros homens e mulheres verdadeiramente fiéis, simples, justos, misericordiosos, puros de coração, lutadores pela justiça, construtores sábios e eficazes da civilização do amor, ou seja, santos.
E é esta a Igreja que eu amo.
Esta Igreja que se edifica no testemunho de incontáveis vidas apaixonadas por Jesus que a História não consegue esconder ou apagar; esta Igreja que acolhe a herança de tanto sangue derramado por amor a Cristo e ao Seu Reino e a catapulta, em cada tempo, para a aventura prodigiosa da imitação do Mestre e a desafia ao sonho viável da fidelidade ao Mandamento Novo.
Diante do frio que vazia na rua, experienciámos o "calor" da fé, o "fogo" do Espírito que teima em soprar nos corações que a Ele se abrem desassombradamente.
Porque esta é a Igreja que amamos e pela qual queremos continuar a viver e a dar a vida.
Porque nela, apesar dela, está e permanece o Senhor do Mundo...

no blog do Pe António

1 comentário:

Maria-Portugal disse...

Lembrou-me este post aquele Francisco,o revolucionário de Deus,que deu nova vida a uma Igreja doente, sem saír dela.