*** Sanctus...Sanctus...Sanctus *** E é importante apoiar-se numa comunidade ,mesmo que seja virtual,porque entre aqueles e aquelas que a compõem,encontram-se os que estão nos tempos em que o dia vai ganhando, pouco a pouco, à noite. Irm.Silencio

segunda-feira, 28 de março de 2011

Retiro na cidade-19


A Palavra de Deus

Evangelho de Jesus Cristo Segundo São João,capitulo 4,versículo 7.

Uma mulher da Samaria veio tirar água.Jesus disse-lhe:”Dá-me de beber”


A meditação

Ela avistou de longe esse desconhecido,quando chegava da planície da Samaria ,a bilha na cabeça,à procura da água quotidiana.

O Evangelho não diz o seu nome.O nome que lhe foi fixado para sempre foi o de “ Samaritana”esta mulher de destino único ,esta mulher que se encontrou um dia face a face com Cristo, que a esperava .Como espera ainda cada um de nós no momento preciso.


É meio-dia .Faz calor.Este homem está lá,sòzinho,visivelmente fatigado,sentado ao pé do poço,a étapa habitual das longas marchas nestes países rápidamente queimados pelo sol.Não tem nada para para chegar a esta onte profunda-mais de 30 metros segundo se diz e pede de beber sem mais preâmbulos,como alguém que não aguenta mais.Que há de mais natural?Que existe de mais humildemente humano?.Não foi ditto q la recusou o que era pouco crível sobretudo no Oriente.Mas antes do gesto rápido de uma mulher habituada a este serviço, eis que o estrangeiro começa um diálogo inesperado.Parece esquecer completamente o seu cansaço e põe-se a falar de Deus,do dom de “Deus”.Propõe mesmo em vez de beber,de matar a sede dela,com uma água viva tirada não se sabe de onde.O que quererá ele dizer com isso?.Será que se pode encontrar melhor que o poço do nosso pai Jacob? Por quem se toma?.


A Samaritana tem os pés bem assentes na terra,ela sabe como todas as mulheres daquele tempo e daqueles países,o que representa o dom da água,o valor de uma fonte no meio do desertto ou simplesmente de uma planície seca ,a servidão que representa para ela esta jornada diária para obter a ração vital,conhece isso tudo muito mais que o dom de Deus !E muitos dos nossos contemporâneos nos países pobres de África,longe das nossas casas de banho confortáveis e dos nossos desperdícios,experimentam ainda hoje que não é fácil pensar em Deus quando as necessidades mais elementares não estão satisfeitas e vos colam literalmente à terra.


Jesus sabe bem tudo isso,conhece os problemas do seu tempo e do nosso.Não discute,mas fala com doçura e autoridade de uma água nova,de uma água viva,que canta e encanta,uma água que fica sempre ligada à fonte e de que dispõe como que por milagre.Que imagem podia falar mais da verdadeira vida,despertar o interesse do corpo e da alma?

É para revelar essa água que atravessa a Samaria, não prioritáriamente para tomar o caminho mais curto para a Galileia.Era preciso que se encontrasse nesse lugar e nessa hora,com o coração ardendo de misericórdia e de desejo de revelar ao mundo e a esta mulher em primeiro lugar,a verdadeira face do amor.


Não desdenha a água da terra,não,sabe até que ponto é indispensável à vida.


Mas por mais preciosa que seja,por mais graves que sejam os problemas que lhe dizem respeito,”quem beber desta água ainda terá sede”.Tudo o que é terrestre é ransitório e incapaz de preencher as sedes mais profundas do nosso coração.Porque não há em cada um de nós um lugar que aspira ao infinito?...Jesus proclamará um dia:”Se alguém tem sede,que venha a mim e beba!”(S.João,capitulo 7,versículo 37).A fonte da água viva fluindo em vida eternal,é ele mesmo,é a sua Palavra que nos revela o Pai.Para nos introduzir nesta plenitude de vida sem fim ,poderia haver melhor sinal que a água do baptismo?Sim,é pela água que a Igreja acolhe os seus novos filhos fazendo-os participar mesmo na vida de Cristo mergulhando-os na sua morte e ressurreição.Harmonia maravilhosa das realidades celestes e terrestres!


Mas que poderá ter compreendido a samaritana desta misteriosa promessa de vida eternal,através de uma água que jorra para o infinito?Sem dúvida encontrou-se ,como a nós nos acontece muitas vezes,à entrada de qualquer coisa que a utrapassava e a elevava acima dela mesma.Duas sedes encontram-se muitas vezes presentes:a nossa,à medida da profundidade da nossa pobreza e por vezes da nossa angústia e aquela do Senhor,sem medida,porque a sua misericórdia é infinita.


Assim,se a água da nossa vida nos parece às vezes uma água morta ou se a torrente foi, em demasia , devastadora ,se múltiplas provas vieram por vezes turvar ou secar o fluxo,é preciso acreditar

que Cristo está tão presente no nosso caminho como esteve na Samaria e que o seu espírito está sempre disposto a abrir-nos o”poço das Escrituras”aí onde a água viva prometida não cessa de jorrar para estancar as nossas verdadeiras sedes.

http://www.retraitedanslaville.org/

1 comentário:

Maria-Portugal disse...

Mais uma traduzida,por impossibilidade da Ana...
Como a samaritana sabemos tão pouco do dom de Deus...quem no-lo explica...o q vinha a passear de carro fez entrar Filipe para lhe explicar as Escrituras...e nós?