Venho trazer-te a oblata do meu afecto.
O teu altar ,para mim sagrado, bem merece as minhas
oferendas.
No entardecer da vida, caminhando para o coval, venho
despedir-me de ti e dizer-te que não posso esquecer-me dos teus campos, matizados
de flores, nem da música suavíssima das brisas que perpassam pelas encostas dos
montes. Ainda agora, quando, ao anoitecer ouço o som do Angelus, convidando o
meu misticismo consciente a olhar para o alto, para o céu, que me dá a luz
,calor e vida ,penso que ele me vem segredar saudades daquela santa mulher ,a
minha mãe, que junto da braseira ,me ensinou a oração das crianças. A Ave-Maria.
Bendita seja ela!
E aquelas caminhadas, sem fim ,para a escola?!
É por isso que a minha terra é o centro de gravitação dos
meus afectos.
Paredes de Coura!
Saúdo-te na tua caminhada para o futuro, porque entrajada de
galas e alumiada pelo sol do progresso, que vejo esbater-se na linha sinuosa
das tuas estradas, nos beirais dos teu novos edifícios e até nos espelho das
tuas águas de cristal.
Tens feições novas, mais alegres, mais sadias, mais da moda. Caminha
,pois!....
Narcizo C. Alves da
Cunha
Foto: Igreja de Castanheira, Localidade onde minha mãe nasceu ,freguesia de Paredes de Coura.
3 comentários:
Longa vida a Paredes de Coura...um torrão bonito da nossa terra.
Sim...sim....desde o tempo dos romanos.O autor deste excerto deixou um legado histórico em livro bastante interessante sobre a a minha terra ...
Tantas saudades que tenho deste pedacinho de Éden!..., à 8 anos que não vou lá,se ficar em condições do pé,estou a pensar ir até lá.....
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