"Minha esperança está no que os olhos nunca viram. 

Portanto, não me deixes confiar nas recompensas visíveis. Minha esperança está naquilo que o coração não pode sentir. Não permitas, portanto, que eu confie nos sentimentos do meu coração.

Minha esperança está naquilo em que a mão do homem jamais tocou. Não permitas que eu confie no que posso segurar entre os dedos. A morte há de abrir-me a mão e minha vã esperança escapará.

Se eu confiar em ti, tudo o mais se tornará para mim fortaleza, saúde, apoio. Tudo me conduzirá ao céu. Se eu não confiar em ti, tudo concorrerá para a minha destruição."

Thomas Merton, "Na liberdade da solidão", Ed. Vozes, 2014, pág. 34.
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