*** Sanctus...Sanctus...Sanctus *** E é importante apoiar-se numa comunidade ,mesmo que seja virtual,porque entre aqueles e aquelas que a compõem,encontram-se os que estão nos tempos em que o dia vai ganhando, pouco a pouco, à noite. Irm.Silencio

sábado, 18 de maio de 2013

... a quem seguimos...?



Algumas perguntas que me assaltam o coração estes últimos tempos:

Foram os Discípulos teólogos e foi essa a condição “imposta” para poder seguir, escutar, amar e serem, amados por Jesus?
Aquilo que nos transmitiram nos Evangelhos é vida, actos e palavras de Jesus ou teorias engendradas numa qualquer escola bíblica?
Qual era a preocupação de Jesus… ensinar alguma doutrina ou esquema filosófico ou ensinar a viver como Ele vivia em comunhão e fidelidade com o Pai?
Que lhes pediu aos discípulos Jesus e a nós também hoje: que fizesse-mos algum tratado sobre o amor, o perdão, a misericórdia e por aí adiante ou apenas a colocarmos em prática esses caminhos e gestos na vida do dia-a-dia?
O que nos pede afinal Jesus ainda hoje?
Como entender o amor se não o praticamos e o sentimos como acto concreto que nos muda e muda os outros?
Como entender o perdão se ele não for recebido e dado sem que para isso tenhamos que decorar uma lista de procedimentos para o afirmar, dar e receber?
Como entender o Pai se não queremos ver e escutar o Verbo revelado no Filho  ao alcance de todos?
Para que precisamos nós de definições sobre o Pai se ele está no Filho e o Filho está e é Ele mesmo, esse Verbo encarnado entre nós?
Quem de entre nós pode saber mais do que aquilo que o Espírito Santo lhe concede e sabe que lhe é necessário para fazer caminho?
Porque andamos nós a subir escadas se Ele nos mandou descer em nós mesmos e nos outros como o fez aos 3 discípulos no monte da transfiguração?
Porque andaremos nós à procura de um Jesus fora da nossa humanidade concreta?
Afinal, quem andamos nós a seguir, Jesus ou a homens?

3 comentários:

vp disse...

Só é possível ser-se “dispensador do fluxo divino” no outro e ele em mi… não existe fluxo só numa direcção, ele, quando acontece direcciona-se em todos os horizontes… e isso só acontece quando há comunhão… não há espaço para aventuras solitárias no fazer-acontecer Igreja… quanto muito, pode e existe uma relação pessoal e singular com cada um de nós e o Pai, mas essa relação acabará sempre nesse fluxo que vai em direcção a todos e atinge todos… somos todos vasos, sim, e que carregam um tesouro, mas somos feitos do mesmo barro igual, pecador… e não há fluxo se não há fonte que o gere… o próprio Deus… para isso é preciso que esteja em nós e nós Nele!

Maria-Portugal disse...

É na prática a teoria dos vasos comunicantes...

vp disse...

..isso.. certeiro.. sintetiza uma maravilha.. ai a minha pobreza... grato...

... outro etxto muito bom, pena estar em castellano...

Santa noite...