Algumas perguntas que me assaltam o coração
estes últimos tempos:
Foram os Discípulos teólogos e foi
essa a condição “imposta” para poder seguir, escutar, amar e serem, amados por
Jesus?
Aquilo que nos transmitiram nos
Evangelhos é vida, actos e palavras de Jesus ou teorias engendradas numa qualquer
escola bíblica?
Qual era a preocupação de Jesus…
ensinar alguma doutrina ou esquema filosófico ou ensinar a viver como Ele vivia
em comunhão e fidelidade com o Pai?
Que lhes pediu aos discípulos Jesus e
a nós também hoje: que fizesse-mos algum tratado sobre o amor, o perdão, a
misericórdia e por aí adiante ou apenas a colocarmos em prática esses caminhos e
gestos na vida do dia-a-dia?
O que nos pede afinal Jesus ainda hoje?
Como entender o amor se não o
praticamos e o sentimos como acto concreto que nos muda e muda os outros?
Como entender o perdão se ele não for
recebido e dado sem que para isso tenhamos que decorar uma lista de
procedimentos para o afirmar, dar e receber?
Como entender o Pai se não queremos
ver e escutar o Verbo revelado no Filho ao alcance
de todos?
Para que precisamos nós de definições
sobre o Pai se ele está no Filho e o Filho está e é Ele mesmo, esse Verbo
encarnado entre nós?
Quem de entre nós pode saber mais do
que aquilo que o Espírito Santo lhe concede e sabe que lhe é necessário para
fazer caminho?
Porque andamos nós a subir escadas se
Ele nos mandou descer em nós mesmos e nos outros como o fez aos 3 discípulos no
monte da transfiguração?
Porque andaremos nós à procura de um Jesus
fora da nossa humanidade concreta?
Afinal, quem andamos nós a seguir, Jesus
ou a homens?
3 comentários:
Só é possível ser-se “dispensador do fluxo divino” no outro e ele em mi… não existe fluxo só numa direcção, ele, quando acontece direcciona-se em todos os horizontes… e isso só acontece quando há comunhão… não há espaço para aventuras solitárias no fazer-acontecer Igreja… quanto muito, pode e existe uma relação pessoal e singular com cada um de nós e o Pai, mas essa relação acabará sempre nesse fluxo que vai em direcção a todos e atinge todos… somos todos vasos, sim, e que carregam um tesouro, mas somos feitos do mesmo barro igual, pecador… e não há fluxo se não há fonte que o gere… o próprio Deus… para isso é preciso que esteja em nós e nós Nele!
É na prática a teoria dos vasos comunicantes...
..isso.. certeiro.. sintetiza uma maravilha.. ai a minha pobreza... grato...
... outro etxto muito bom, pena estar em castellano...
Santa noite...
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