...Por não prestar atenção suficiente a como Deus se manifesta e esteve
trabalhando nos povos que encontramos, perdemos pistas, intuições e
descobertas importantes. Por isso, agora é o momento de aprender com
essa história, com as carências da Primeira Evangelização, e tem que ser
antes de passar para a Nova. Muitas coisas boas passaram, que vamos
querer manter, desenvolver e celebrar. Ao mesmo tempo, somos conscientes
de todos os erros cometidos, sobretudo quando não se escutou totalmente
as pessoas, quando julgamos com enorme superficialidade os méritos de
culturas e tradições ricas e antigas, ao impor formas de culto que, no
melhor dos casos, não expressam as relações e a sensibilidade das
pessoas quando se voltavam a Deus em oração e louvor.
A plenitude
de Cristo precisa da contribuição de todos os povos e todas as
culturas. Há muitas lições que podemos aprender com o passado e que
podem ser de grande ajuda para a Nova Evangelização. Permitam-me somente
mencionar, brevemente, algumas delas antes de terminar:
1) a importância das "maneiras de humildade" para comunicar o Evangelho;
2) a
necessidade de afirmar "a verdade acerca da nossa limitada e imperfeita
humanidade" em tudo o que dizemos e proclamamos, sem traços de
Triunfalismo;
3) a simplicidade da mensagem que
tentamos comunicar, sem complicações ou racionalizações excessivas que a
tornem opaca e incompreensível;
4) generosidade
ao reconhecer a obra de Deus na vida e na história dos povos,
acompanhada de sincera admiração, alegria e esperança cada vez em que
encontremos em outros bondade e dedicação;
5) que a mensagem mais crível é a que procede da nossa vida, tomada totalmente e guiada pelo Evangelho de de Jesus Cristo;
6) que o Perdão e a Reconciliação são os atalhos mais úteis para o coração do Evangelho;
7) que a mensagem da Cruz é melhor comunicada através da morte (de si mesmo e de seus objetivos limitados) do missionário.
Obrigado pela sua atenção.
Pe. Adolfo Nicolás Pachon, S.I.
Prepósito Geral da Companhia de Jesus
In IHU
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