A força da “Verdade” desmorona todas as construções humanas erguidas sobre pedras que encontram apenas como alicerce o engano “puro”, desnudando a fragilidade das convicções que habitam em cada ser humano…
Enquanto escrevermos e pensarmos cada vez mais as nossas ideias mais intimamente ligadas aos desejos que negamos em nós e por nós, mas que se escondem bem lá no fundo dos nossos corações, enquanto caminharmos e construirmos dessas formas a vida, jamais alcançaremos as margens da outra vida que já existe no paradoxo de uma espera angustiante que nos leva à busca de mil e um caminhos na tentativa de a alcançarmos – alguns atrevem-se até a apoderar-se e a manipularem-na através de palavras ou outros “engodos” montados pelo pensamento humano – como se isso fosse uma possibilidade certa na incerteza do Todo…!
E vivemos, teimosamente, em gestos e caminhos de autênticos pedintes, cambaleantes e chorosos, angustiados e temerosos, passando tantas vezes à frente da mesa farta que ali nos foi posta, para nos servirmos livremente nessa LIBERDADE que nos foi oferecida um dia…
Olhamos, sabemos, muitos até já experimentamos mesmo que por uma réstia de tempo o sabor dessa vida, mas… preferimos estender a mão… eternamente… ajoelhados e vergados pelos nossos medos…
E Ele, AQUELE que tantas coroas ainda lhe querem colocar os homens... apesar de tantos caminhos a ensinar-nos que Ele não é sequer uma IDEIA...nem sequer um ROSTO... e ainda muito menos um DESEJO… feito de tantos desejos e vontades que habitam nas profundezas dos nossos quereres... Ele, apenas espera que baixemos as mãos e acolhamos o seu Olhar… o seu Beijo…
Quanta orfandade ainda habita nos que se consideram Filhos de Deus… quanta orfandade ainda meu Deus…!

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