*** Sanctus...Sanctus...Sanctus *** E é importante apoiar-se numa comunidade ,mesmo que seja virtual,porque entre aqueles e aquelas que a compõem,encontram-se os que estão nos tempos em que o dia vai ganhando, pouco a pouco, à noite. Irm.Silencio

quinta-feira, 31 de março de 2011

Retiro na cidade - 23


Foto de: Dionaldo Raposo

A Palavra de Deus

« mas quando chegaram a Mara, mas não puderam beber a água de Mara, porque era amarga. »

Livro do Êxodo, cap 15, vers 23.

A meditação

Oração e poluição

Libertado, o povo caminha cada dia, é a sua vida quotidiana. Depois de horas de alegria, de libertação que pareceram parar o tempo é preciso retomar as rotinas. O povo tinha confundido esse tempo com a terra prometida. Mas não, era preciso voltar a viver o hoje, tão parecido com o ontem e procurar o seu lugar, aquele de onde Deus falou, de onde fez a promessa. É longe a terra prometida? Há dias luminosos e dias sombrios e quando estes se sucedem sem trégua começamos a perder a coragem, a duvidar mesmo. Deixámos a servidão mas para fazer o quê? Estamos pior do que antes! Momento crucial do caminhar: a água tinha-se mostrado boa, doce e protectora, tinha aberto perspectivas de felicidade para sempre e eis que hoje essa água é azeda, decepcionante, ela é apenas amargor. O desânimo apodera-se das nossas entranhas. Sedentos de outra coisa, cansados do caminho lamentamos o tempo em que, contas feitas, as nossas relações faziam com que não buscássemos. No cansaço e no sentimento de fracasso a blasfémia pode mesmo rondar. Ou existe alguém no meio de nós, como Moisés para o povo, que pode interceder, que vai orar e eis que a água se torna doce. Podemos retomar o caminho, continuar. Sim, orar uns pelos outros, dizer para todos «Pai nosso», transforma o amargo em doce. Desperta, a oração transformou-se em fonte de água doce.

Traduzido de: http://www.retraitedanslaville.org/spip.php?sommaire&date=2011-03-31


1 comentário:

vp disse...

sim, precisamos ainda de ser todos libertados....

grato Ana pelo teu trabalho...