A Palavra de Deus
« 18As águas iam sempre crescendo e subiram muito acima da terra; e a arca flutuava à superfície das águas»
Livro do Génesis , cap 7, vers 18.
A meditação
Tábuas de salvação
Deus confiou a terra ao homem, mas eis que o homem cede à violência, às lutas fratricidas, à sua maldade: o mal manifesta-se e volta-se contra o homem, quer ele seja pessoalmente responsável ou não. «Que fiz ao Senhor para merecer isto?» : estas palavras estão muitas vezes na nossa boca ou na dos outros. Seria por despeito que Deus envia esta crueldade devastadora? Mas porque será que poupou Noé? Porquê salva Ele uma parte da criação?
Porque ele é o seu guardião, e já o salvador! Eis que no coração do desastre uma pequena arca traça o seu caminho, esperando pacientemente o fim da cheia. No coração dos nossos cataclismos pessoais Deus não preserva sempre um lugar, uma barquinha? Não somos nunca preservados de todo o mal, ou da prova. Fica sempre um espaço em nós mesmos, conhecido ou ainda desconhecido aos nossos olhos, onde o Senhor dá a graça: Não tomando pé na situação, posso manter-me à tona até ao final da prova. A cheia das águas não é um castigo; podemos nesta tormenta descobrir que todos os germes da vida que nos constituem estão lá, vivos, como cada espécie está bem presente na arca. Certamente o lugar é pequeno, agitado, mas não fugimos, avançamos mesmo. Assim, a água destrutiva do mal é-nos portadora de esperança. Deus dá sempre uma arca para não nos afogarmos, tábuas de salvação que nos salvam a vida! Então desperta e pega na tábua de salvação!
1 comentário:
Muito interessantes, muito ricas, as perspectivas apresentadas nestas meditações...
Mais uma vez o teu bom trabalho de tradução é uma dádiva para todos, Ana! Obrigada!
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