Os infindáveis telejornais, tecidos quase só por desgraças, acabam por se tornar em agentes de depressão colectiva. É um conto exemplar. Muito breve.
Chamar-lhe conto até pode ser excessivo, mas merece ser reencaminhado.
Começa assim: Jesus Cristo, cansado do tédio do Paraíso, onde tem pouco que fazer, resolveu voltar à Terra. Optou pelo Hospital de S. Francisco Xavier, onde viu um médico a trabalhar há muitas horas e a morrer de cansaço. Para não atrair as atenções, decidiu ir vestido de médico. Entrou de bata, passando pela fila de pacientes no corredor, até atingir o gabinete do médico. Os pacientes viram e comentaram: "Olha, vai mudar o turno..."
Jesus Cristo entrou na sala e disse ao médico que podia sair, dado que ele mesmo iria assegurar o serviço. E, muito decidido, gritou: "O próximo!" Entrou no gabinete um homem paraplégico que se deslocava numa cadeira de rodas. Jesus levantou-se, olhou bem para o homem e, com a palma da mão direita sobre a sua cabeça, disse: "Levanta-te e anda!"
O paraplégico levantou-se, andou e saiu do gabinete empurrando a cadeira de rodas. Quando chegou ao corredor, o primeiro da fila perguntou: "Que tal é o médico novo?" Ele respondeu: "Igualzinho aos outros... nem exames, nem análises, nem medicamentos... Nada! Só querem despachar..."
O paraplégico levantou-se, andou e saiu do gabinete empurrando a cadeira de rodas. Quando chegou ao corredor, o primeiro da fila perguntou: "Que tal é o médico novo?" Ele respondeu: "Igualzinho aos outros... nem exames, nem análises, nem medicamentos... Nada! Só querem despachar..."
(continua lá)
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