A fraternidade e a firmeza
A palavra de Deus
«Sê para mim uma rocha de refúgio,
uma fortaleza que me salve.
4Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza;
por amor do teu nome, guia-me e conduz-me.
5Livra-me da cilada que me armaram,
porque Tu és o meu refúgio. » (Salmo 31. Bíblia dos Capuchinhos)
A meditação
Amar com ternura, não é deixar-se manipular pelo primeiro que soube perceber as nossas fraquezas. A inteligência do coração, que é o outro nome para a ternura, é uma autêntica inteligência. O que ela ensina a detectar, é o desejo de viver do que se encontra no nosso caminho, meio morto, porque a angústia, o medo do outro e o medo das suas próprias fragilidades o submergiram.
Essa angústia, os salmos descrevem-na o mais frequentemente como um afogamento: «3estou a afundar-me num lamaçal profundo,
não tenho ponto de apoio;
entrei no abismo de águas sem fundo
e a corrente está a arrastar-me. (Salmo 69, 3 Bíblia dos Capuchinhos). E este sentimento de perca de pé apenas se apazigua quando nos apoiamos num sólido: «O Senhor é o meu rochedo, a minha fortaleza…» (Salmo 18, 2-3)
Somos incapazes de resolver os problemas do nosso próximo no lugar deles. Assim, ninguém pode «salvar» um alcoólico sem que ele decida ele próprio tornar-se abstémio. Mas ele não poderá sair disso sozinho: Na maior parte dos casos, ele terá necessidade de poder apoiar-se nos «irmãos» que o compreendem. E aqueles que estiveram eles próprios alcoólicos são os melhores colocados para essa inteligência do coração. Com uma paciência infinita, uma imensa ternura, mas sem fraqueza! Como Cristo com os «pecadores».
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