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sexta-feira, 27 de março de 2009

Retiro na cidade- 27 de Março

Imagem retirada do blog: http://olhandoinfinito.blogspot.com/

Quando eu Te grito canto já a minha esperança

A Palavra de Deus

«Meu Deus, meu Deus porque me abandonaste? Clamo o dia inteiro, e tu não respondes; mesmo durante a noite não tenho repouso» Salmo 21 (22).

A meditação

A nossa vida de homens não é feita apenas de cantos de alegria, mas muito frequentemente de gritos de tristeza e de angústia. O sofrimento e a injustiça põem à prova a nossa fé; e o próprio Deus, de quem esperaríamos a felicidade, pode parecer longe, surdo aos nossos apelos...

Ninguém tem uma explicação exacta deste «silêncio» de Deus: e para além disso é impossível justificar a nossa infelicidade, sem cairmos na culpabilidade, ou então darmos a Deus uma imagem perversa.

Mas o exemplo dos santos abre-nos um caminho de confiança: assim Santa Teresa do Menino Jesus, quando atravessava a prova, continuava a dizer: «cantarei sempre, mesmo que seja preciso colher as minhas rosas no meio dos espinhos.» Não se trata de nos resignarmos à dor, não! Mas de ter confiança, até ao fim como o próprio Jesus teve.

Abandonado por todos, Jesus grita para o Pai para atravessar a prova junto com ele, o único que o pode salvar. A fé é apenas um tranquilizante para suportarmos o sofrimento; mas ela faz-me já glorificar o nome do Senhor: quando grito para Deus, eu sei que ele não é indiferente, que ele se deixa emocionar pelos meus cantos de dor.

Sim, faz Senhor, que eu espere para lá de tudo, como teu Filho, para que eu cante sempre a alegria da tua salvação

1 comentário:

Anónimo disse...

“Nada encontro nos livros. Somente encontro no silêncio de tudo e todos... Nesse silêncio que nem o pensamento se atreve a perturbar, nesse silêncio que rumina amores e esperanças, somente aí se pode viver.

Nada me dizem o mundo ou as criaturas... Tudo é ruído... Só no silêncio de tudo e de todos encontro a paz de teu amor, Senhor. Só no humilde sacrifício de minha solidão encontro o que busco, tua Cruz, e nela estás Tu, e estás só, sem luz e sem flores, sem nuvens e sem sol...

Somente no silêncio se pode viver, mas não no silêncio de palavras e de obras, não; é outra coisa muito difícil de explicar... É o silêncio de quem quer muito, muito, e não sabe que dizer, que pensar, nem o que desejar, nem o que fazer. Só Deus ali dentro, muito caladinho, esperando, esperando, não sei... É muito bom, Senhor.

Silêncio, oração, renúncia e sacrifício com um sorriso nos lábios e paz no coração, isso é amor.

Embora tudo o que tu desejas se cumprisse, nada terias se tua alma não estivesse em solidão e teu coração em oração".
(Dos escritos de Rafael)