Atrocidades...e as lágrimas que recusam soltar-se...

Sei que é difícil entenderes porque a “estação da alma”, onde as palavras desabrocham florindo nos campos dos corações, essas mesmas palavras ondulam agora ao sabor do vento agreste da dor que os ventos do mundo te trazem, na loucura dos actos que semeiam os ódios nos campos outrora campos sagrados do Semeador Eterno, os corações dos homens e mulheres que cegos perpetuam o Caím e Abel ......

E até as lágrimas recusam soltar-se nos rostos dos que ainda sentem a ferida do amor, e recusam porque elas próprias já nem sabem porque caem, confundidas nos rostos que olham sem saberem mais onde encontrar o perdão e as razões de tanta loucura que fere e mata o próprio irmão!

Recolher as pedras atiradas nos caminhos da humanidade é morrer… E na perplexidade da negação do amor que encontramos nos corações dos que nos justificam os actos loucos de si próprios, a nossa alma recolhe-se e sente o desamparo da esperança que não deseja partir de nós, mas que já ferida, se extingue lentamente nos braços dos silêncios humanos que recusam acolher e caminhar para o abismo em que nos querem mergulhar os loucos aprendizes de deuses!!!

E a maior ferida que dilacera agora a tua alma, de andarilho de Deus, é a descarada e cínica razão que se alicerça no uso da tua Palavra Senhor, para que, armados em salvadores da humanidade, se ordena e justifica amordaçar e extinguir a liberdade da diferença na caminhada da humanidade que busca o seu próprio caminho, loucura que confronta orgulhosamente na sua força, a fraqueza da força do Amor Divino que apenas ofertou a liberdade como escolha e caminho....

Senhor, Senhor tem misericórdia do teu povo.......