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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Qundo caminhamos junto ao Pai...

Quando caminhamos junto ao Pai, nada nos detém, nem a fome, nem a doença, nem a dor nada nos separará do amor de Cristo.

Não precisamos buscar a noite que envolverá a alma, todos temos impresso na própria alma a hora do ENCONTRO, apenas podemos adiar ou não, depende da caminhada na graça ou no deserto.

Por vezes, ainda que o sol brilhe sobre os caminhos, surgirão repentinamente vindas do escondido das montanhas que escalamos, essas "filosofias das respostas prontas e seguras", as nuvens densas e carregadas de tempestades que nos provarão a impermeabilidade da Fé que veste a nossa vida.
 


Monte e vales, a temperatura dos que caminham e caem, não porque o Pai coloque barreiras entre Ele e os que o desejam abraçar, mas porque sempre buscamos assentar arraiais e montar as nossas tendas, como os díscipulos, ao invés de apenas contemplar a grandeza do Pai.
 


Precisamos segurar com firmeza as mãos nas escarpas da PALAVRA, escalando passo a passo a montanha da Fé, que ora nos acolhe em períodos de luz, ora nos acolhe em períodos de trevas.

Todos aqueles que buscam nos caminhos da espiritualidade a fuga ás suas próprias angustias, procurando nos Evangelhos as palavras que sossegarão a sua alma nos medos da NOITE da ALMA, esses, ainda não perceberam que apenas são barro, matéria ainda em bruto, que está sofrendo um processo de moldagem e cozedura no FORNO da Misericórdia do Pai.


Escalar a montanha da Fé, plena de trilhos inseguros e desconhecidos, exige do escalador o desapegar-se de todo o peso que transporta consigo, toda essa carga das dúvidas, das palavras, dos gestos inúteis, que nos farão tropeçar e resvalar pelas ravinas da dor e morte, se a carga for demasiado pesada.
   Quantos pagaram com as suas próprias vidas as ousadias do escalar aos extremos da montanha da Santidade, esses picos do Absoluto, na fogueira do extinguir da vida, no supremo sacríficio do amor,deixando o Escalador a sós com  o Pai, na escalada final, no ENCONTRO.

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