Que o amanhecer da misericórdia que vos abraça seja eterno e silencioso para frutificar nas vossas almas.
Sentir
o calor das areias do deserto do Pai, é abraçar as dores daqueles que
perderam a sombra da presença do Pai, nessa tempestade que o pecado
levanta no terreno da alma do homem.
Pediremos
ao Pai que as suas mãos escrevam um poema sem fim e grave nas almas de
todos até ao dia em que a vigilia eterna nos céus comece.
A
dor sempre esse abraço que não entendemos e nos deixa no solo esperando
a ultima caricia do Pai esse gesto de misericórdia, meu Deus ajudai-nos
a carregar a dor dos feridos.
Chora ,chora se precisares até que as lágrimas sejam recolhidas pelas mãos do Pai.
Deixa a sua mão tocar a tua no abismo da inquietação, Ele quer agarrar com força e firmeza.
Sei
que o Pai está colocando tijolo a tijolo a sua morada nas vossas almas,
mas a tormenta do tempo do desconhecido impede o fim da construção.
Venham. Ele precisa de mãos para o ajudarem, venham.
A dor é apenas o começo da ressurreição, o começo, porque a ferida do amor pode ser eterna.
O Pai estava cantando e embalando-te no seu regaço de Pai e Mãe de todos os orfãos do AMOR.
Ainda
que as palavras nos faltem para dialogar com o Pai, podemos ainda olhar
para os seus olhos que choram connosco, as nossas lágrimas misturadas.
Pai ,em tuas mãos entrego estes irmãos que guiastes até á minha e tua presença cuida deles.
2 comentários:
Um diálogo sem palavras...quantas vezes...apenas ficar exposta à misericórdia sensível do Abba.
No entanto, mesmo assim o Filho obteve-nos por graça o que por mérito não alcançaríamos.
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