Gosto de tapar a cabeça
E de ficar deitada na minha escuridão…
Nem sonho, nem desejo, nem promessa
Só um estado amorfo
Sem limitação.
Gosto de ter a consciência
De que existe lá fora um mundo a que pertenço,
E acerto vagamente essa existência
No indiferentismo
De um torpor imenso.
Gosto de poder ficar aquém
De guerras, de fracassos, de lutas e cuidados…
Não amar, não sentir ,não ver ninguém…
Só sombras ausentes
Nos olhos cerrados.
Gosto de escutar as minhas horas
E de rolar sem querer num tempo indefinido.
Sem amanhã, sem pressas ,sem demoras
Só com a vaga ideia
De já ter vivido…
M.I.C.
1 comentário:
lindo poema...e sentido,,,
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