E é importante apoiar-se numa comunidade ,mesmo que seja virtual,porque entre aqueles e aquelas que a compõem,encontram-se os que estão nos tempos em que o dia vai ganhando, pouco a pouco, à noite.
Irm.Silencio
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Há sempre tempo para acolher o silêncio e desligar desses ruídos..."Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai.
7 comentários:
vp
disse...
Irmã Aurora… imagine um pai que regressa de um dia de trabalho duro, depois de (às vezes mais do que uma hora) no transporte de regresso a casa, mal chega muitas vezes já nem consegue ter o coração por inteiro para os filhos … agora junte a essa realidade a da esposa se ela também trabalha… depois a fazer o jantar, dar de comer e ajudá-los a fazer os trabalhos da escola, depois a deitar os filhos, e sabe Deus o que mais… meu Deus, como terá essa gente tempo para depois orar… Acredito que sim, que é possível, mas nos dias que correm é heróico tal caminho…. hoje até tenho algumas dúvidas se os monges(as) não são uns privilegiados ao lado do povo simples e anónimo de Deus que vive essas vidas cristãs também muitas vezes no anonimato!
Precisamos ser cautelosos ao abordar estas análises sociais dos nossos dias… mas acredito que há por aí muitas abadias familiares anónimas onde vão acontecendo tais milagres, sim…!
Como sabe, os monges doseiam as horas do hora e labora de forma a que o trabalho não se sobreponha ao Ora… normalmente trabalham quase metade do que seria o normal na vida cá fora… com as famílias o mínimo são 8 horas senão até muito mais nos tempos que correm para não falar dos desencontros de horários… na abadia tudo está organizado para dar prioridade à oração e meditação… ali, o que não falta é tempo para oração e meditação…
O trabalho na abadia é apenas para garantir o sustento minímo e os excedentes são para ajudar as outras abadias em maiores dificuldades...assim como algumas missões en africa...
Existe tempo para tudo.É preciso saber geri-lo,para que haja um bom equilíbrio são entre o corpo e a mente.Não fomos criados para sermos escravos do tempo e da azáfama descontrolada que a sociedade nos impõe. As suas melhoras.
Maria quase passa desapercebida na multidão e no ruído.. mas nem por isso deixava de estar activa e presente no meio da vida social, basta verificar o exemplo das bodas de Cana…
Esta e outras questões arrastam outra maior, que é a da total desarticulação entre a vida espiritual das paróquias e a vida real das pessoas, e por isso tantos abandonos aos encontros litúrgicos que hoje estão apenas pensados a partir de formas de vida organizadas e cronometradas, mas a realidade das famílias e da sociedade em geral é completamente desfasada desses esquemas paroquiais… resumindo, a vida de Igreja é que devia e deve posicionar-se e organizar-se em função da realidade social e não o contrário.. . no entanto, o que predomina é o oposto, as paróquias decidem os seus timings sem se preocuparem com estes problemas reais do tempo disponível das famílias….depois admiramos a falta de tanta gente nos templos… pudera! Templos vazios não tem só a ver só com a crise de Fé, mas também e muito com estas e outras questões…
Já para não falar dos muitos templos que encerram quase todo o dia... e só abrem para a hora da missa... até aí as pessoas ficam sem espaço para silêncios mais organizados... mesmo até para aqueles(as) que já não levam uma vida activa e profissional...
Bom, caminhemos...é só para abrir caminhos a uma maior compreensão...
7 comentários:
Irmã Aurora… imagine um pai que regressa de um dia de trabalho duro, depois de (às vezes mais do que uma hora) no transporte de regresso a casa, mal chega muitas vezes já nem consegue ter o coração por inteiro para os filhos … agora junte a essa realidade a da esposa se ela também trabalha… depois a fazer o jantar, dar de comer e ajudá-los a fazer os trabalhos da escola, depois a deitar os filhos, e sabe Deus o que mais… meu Deus, como terá essa gente tempo para depois orar…
Acredito que sim, que é possível, mas nos dias que correm é heróico tal caminho…. hoje até tenho algumas dúvidas se os monges(as) não são uns privilegiados ao lado do povo simples e anónimo de Deus que vive essas vidas cristãs também muitas vezes no anonimato!
Precisamos ser cautelosos ao abordar estas análises sociais dos nossos dias… mas acredito que há por aí muitas abadias familiares anónimas onde vão acontecendo tais milagres, sim…!
Boa noite no lar e a todos...
Como sabe, os monges doseiam as horas do hora e labora de forma a que o trabalho não se sobreponha ao Ora… normalmente trabalham quase metade do que seria o normal na vida cá fora… com as famílias o mínimo são 8 horas senão até muito mais nos tempos que correm para não falar dos desencontros de horários… na abadia tudo está organizado para dar prioridade à oração e meditação… ali, o que não falta é tempo para oração e meditação…
O trabalho na abadia é apenas para garantir o sustento minímo e os excedentes são para ajudar as outras abadias em maiores dificuldades...assim como algumas missões en africa...
Existe tempo para tudo.É preciso saber geri-lo,para que haja um bom equilíbrio são entre o corpo e a mente.Não fomos criados para sermos escravos do tempo e da azáfama descontrolada que a sociedade nos impõe.
As suas melhoras.
Sim..está fora de questão um pai ou uma mãe conseguirem gerir o tempo de forma organizada ,pois as solicitações dos filhos não o podem ser.
Aquela oração do coração é a única possível enquanto as mãos (do Pai ou da Mãe) se afadigam em volta das necessidades da casa ou dos filhos.
Seria a que Maria faria "guardando no seu coração",por que a vida não também não era nada fácil naquele tempo..
Maria quase passa desapercebida na multidão e no ruído.. mas nem por isso deixava de estar activa e presente no meio da vida social, basta verificar o exemplo das bodas de Cana…
Esta e outras questões arrastam outra maior, que é a da total desarticulação entre a vida espiritual das paróquias e a vida real das pessoas, e por isso tantos abandonos aos encontros litúrgicos que hoje estão apenas pensados a partir de formas de vida organizadas e cronometradas, mas a realidade das famílias e da sociedade em geral é completamente desfasada desses esquemas paroquiais… resumindo, a vida de Igreja é que devia e deve posicionar-se e organizar-se em função da realidade social e não o contrário.. . no entanto, o que predomina é o oposto, as paróquias decidem os seus timings sem se preocuparem com estes problemas reais do tempo disponível das famílias….depois admiramos a falta de tanta gente nos templos… pudera! Templos vazios não tem só a ver só com a crise de Fé, mas também e muito com estas e outras questões…
Boa noite….
Já para não falar dos muitos templos que encerram quase todo o dia... e só abrem para a hora da missa... até aí as pessoas ficam sem espaço para silêncios mais organizados... mesmo até para aqueles(as) que já não levam uma vida activa e profissional...
Bom, caminhemos...é só para abrir caminhos a uma maior compreensão...
"Ficai sem medo,pequenino rebanho,porque Deus achou por bem dar-vos o Reino"
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