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sexta-feira, 2 de março de 2012

Retiro na cidade - Papel principal


O papel principal

A Palavra de Deus

« por não me teres recusado o teu filho, o teu único filho»

Livro do Génesis, cap 22, vers 15

A meditação

Deus tinha pedido a Abraão que lhe sacrificasse o seu filho Isaac. Então quando o drama parecia inelutável, o braço de Deus chegou a tempo para impedir a morte do menino. Desse sacrifício que parece incompleto, Deus não é um espectador: é o actor principal da cena.

Duvidamos por vezes da capacidade de agir de Deus, de modificar concretamente as nossas vidas: porque deixou ele o meu pai morrer, porque caio eu sempre no mesmo pecado? Mas a fidelidade de Abraão, sem nos garantir um resultado, encoraja-nos a ficar convencidos que Ele pode agir e que Ele age agora na minha vida. Cada uma das minhas acções pode ser um lugar onde a sua Palavra se torna eficaz.

Não para agir em vez de mim, nem mesmo para me fazer atingir um resultado demasiado elevado para mim. Não é o seu género, ele é muito mais criativo que isso!

Vejamos bem: Deus não impediu nem confirmou a intensão de Abraão, transformou-a revelando o que lhe dá um verdadeiro sentido. Deixando o seu filho aproximar-se mais perto de Deus, Abraão transmite-lhe o gosto desta Palavra que faz deixar a sua terra e a casa de seu Pai, para tornar-se filho da liberdade. Ele pôde estar perdido, mas soube que Isaac se encontrou.

Em cada um dos nossos sacrifícios Deus quer também desenvolver a sua criatividade, mas correremos nós o risco de o deixar libertar os nossos verdadeiros desejos?


traduzido de: www.retraitedanslaville.org

4 comentários:

vp disse...

Este degrau do retiro deixou-me algumas dúvidas, confesso… sobretudo a ênfase ainda tão forte que hoje se dá ao tema (sacrifício) como caminho (de) ou (para) Deus…

...já não bastava a “crítica” que por aí abunda por Deus estar “impassível” perante o sofrimento humano e agora este texto vem “colocar” Deus como “actor” em tais momentos… e ainda por cima para “desenvolver a sua criatividade”… dá impressão que somos algo que Deus precisa para ir “treinando” a sua capacidade criativa… !

Sinceramente, foi um pouco “forte” mas…. Bom… deve ser da minha disposição hoje, ando um pouco “pesado de espirito” e talvez por isso a minha interpretação mais pesada também agora…!

Preciso orar mais e voltar a ler este texto porque não ficou claro na minha mente e coração… ainda não consegui encaixar ainda muito bem essa relação de Deus com o sacrifício….

“Porque Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios, o conhecimento de Deus mais que os holocaustos.” (Os 6,6).

Aproveito o “post-video” da nossa Irmã Maria que sinto como uma resposta de Deus às minhas interrogações agora… para dizer aquilo em que acredito como caminho nesta questão do “sacrificio”…

Sim… o que precisamos fortemente-vitalmente é de

“VIVER o AMOR”…

…a Cruz foi o ULTIMO e DERRADEIRO sacrifício… nela “tudo está consumado”… o AMOR tem sempre a última palavra….

vp disse...

Que me perdoem, mas as dinâmicas e o espírito do AT ainda são uma marca muito forte e ainda muito vivenciados e propostas com uma força e um peso que já pensava estarem erradicados definitivamente da Igreja actual… Alguns ainda não deram o “salto” para o espírito do NT… outros, já deram, mas continuam saudosos a olhar para trás ainda…. Deus nos ampare os caminhos…

Anónimo disse...

Quando leio ou escuto sobre o sacrifício,vem logo à memória a estupidez humana na arte de mal fazer dos tempos idos no tempo passado na Casa Pia,em que as irmãzinhas nos obrigavam a cumprir certos actos chamados de sacrifícos para agradar a Deus,como ficar de braços abertos durantes algum tempo na Igreja , ou andar a rastejar durante um hora de joelhos na calçada para agradar a Deus.....enfim....ritos parvos e sem sensatez, que mais nos amedontravam , do que estimulavam na arte de bem viver e amar....e, muitas ovelhinhas se afastaram devido à má conduta do verdadeiro significado de sacrifício.

Anónimo disse...

Comentário anterior de Alma Rebelde