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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

as lágrimas vão dando lugar à alegria...

Por três vezes Jesus pede ao Pai para que seus discípulos permaneçam unidos (Jo. 17 11.21-23). A união tem aqui um significado especial. Não significa de forma alguma uniformidade ou adestramento a um pensamento único, mas o ato de aceitar a dimensão do outro como meu irmão e que tem a sua fé diferente da minha o que não significa que ele esteja errado. Dessa forma, os cristãos são convidados por Jesus: “(...) para que todos sejam um como nós. (...) a fim de que todos sejam um. Eu lhes dei a glória que me deste para que sejam um, como nós somos um: (...) para que sejam perfeitos na unidade e para que o mundo reconheça que me enviaste e os amaste como amaste a mim”.
              Por isso, sonha-se que se possa rezar juntos a oração que Jesus de Nazaré nos ensina hoje e sempre, na esperança de conseguir com que os cristãos dêem o testemunho do Reino já presente. Assim, diz o final do Texto-Base da Campanha da Fraternidade Ecumênica (Cf. CONIC-CNBB, 1999) de 2000, fazendo com que nossos sonhos num mundo de justiça e dignidade se fortaleçam a partir das ações concretas.
 
                   Para todos o Pai, o pão e a paz
Os cristãos aprenderam de seu Mestre a oração do Pai Nosso. Não é só uma prece; é o próprio programa do Reino que Jesus nos ensinou a pedir. Pedindo nos comprometemos com esse programa em nossa vida e afirmamos a confiança na graça que torna possível que venha a nós o Reino do Senhor.
                   Pai nosso que estás nos céus
Ao dizermos Pai Nosso já estamos afirmando a dignidade de todos, sem exclusão: ninguém, qualquer que seja a sua situação deixa de ser filho (a) do Pai de todos. O outro não é um desconhecido que podemos ignorar, um estorvo que se deve descartar, nem um competidor contra o qual tenho que me prevenir. É um irmão, uma irmã, para amar, defender e valorizar, como se espera que aconteça em qualquer família digna desse nome.
                   Santificado seja o teu nome
A santificação do sagrado Nome de Deus-Pai está ligada à defesa da dignidade humana e ao diálogo cristão. Desprezamos o Pai quando permitimos o descarte daqueles (as) que Ele ama. Desqualificamos nosso discurso sobre a glória do Pai quando nos apresentamos divididos diante do mundo que não crê.
                   Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade.
O Reino de Deus e vontade do Pai passam por relações mais do que justas: fraternas, solidárias generosas e, portanto, construtoras de paz.
                   Dá-nos hoje o pão nosso de cada dia
O pão nosso de cada dia não pode faltar, em nenhuma casa. Ele é o sinal concreto que mostra se estamos ou não sendo fiéis ao projeto do Pai. Não é o pão do exagero, da acumulação; é o pão das necessidades humanas atendidas com digna simplicidade, bem repartido para que o supérfluo de uns não seja a carência de outros.
                   Perdoa as nossas dívidas assim como nós nos perdoaremos
O perdão das dívidas deve estar presente na vida pessoal, para que ressentimentos não envenenem a paz nas casas e nas comunidades. Deve estar presente também entre as Igrejas que precisam curar as feridas de séculos de separação e enfrentamento. Mas tem que estar presente também no resgate das dívidas sociais que esmagam os filhos e filhas de Deus.
                   Fortalece-nos na tentação; livra-nos do mal
Idéias sedutoras e sistemas que não reconhecem o valor da pessoa estão aí prontos para serem usados como desculpa para deixar tudo como está. Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam sobre a sua Igreja. Temos o direito e o dever de pedir ao Senhor da História que nos ajude a construir um novo milênio parecido com a Nova Jerusalém, onde o mal vai sendo vencido e as lágrimas vão dando lugar à alegria.
                   Teu é o reino, o poder  e a glória
Não sonhamos utopias vazias. O nosso sonho vem assinado por Deus, selado com o sangue do Cordeiro, aquele que vence o mal e a morte e que reinará para sempre.
 
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