Cada vez que um filho(a) do Pai "chora" (ανεμνησθη [anemnêsthê]) do grego bíblico (E, caindo em si, desatou a chorar.) 1.Cor.4,17…. Este dar-se conta que ... aperceber-se de... essa dor-acontecimento-encontro... ao (re-descobrir-se) ... e que o faz chorar no mais íntimo da sua interioridade, faz com que as suas lágrimas se transformem em vidraças das janelas da sua alma que embaciadas pelo sopro do Espírito Santo, se abrem ao (acontecimento-possibilidade) ao abraço do Pai… ao consolo e à alegria que os anjos lhe entregam como oferta preciosa e bendita do Altíssimo Omnipotente e Bom Senhor…
Francisco de Assis entendeu profundamente isso… (percebeu-viveu-experimentou esse CHORO que lava-purifica a taça donde bebe o coração... para que ali possa novamente ser vertido o ARREPENDIMENTO e o PERDÃO... que desaguam nas correntes profundas de uma GRATIDÃO infinita...)... por isso no seu Canto das Criaturas sente-se-lhe a mão do Pai a escrever-lhe na alma essa poesia "escrita" com "sangue" de anjos…
...como os diamante que brilham... ele foi também um desses diamantes do Pai que ainda não tendo sido abraçados pela Irmã Morte, já caminham na terra como anjos brilhando nas várias faces que reflectem o Amor Divino…
...como os diamante que brilham... ele foi também um desses diamantes do Pai que ainda não tendo sido abraçados pela Irmã Morte, já caminham na terra como anjos brilhando nas várias faces que reflectem o Amor Divino…
Até ao ABRAÇO meu querido Irmão de Assis… até ao próximo Abraço que o tempo jamais poderá prolongar na imensidão infinita da temporalidade, pois o mesmo Pai que te abraçou e que agora também me abraça, escreveu que “mil anos são como um dia e um dia como mil anos… “… quem nos poderá separar do amor de Cristo……
... até breve... até ao próximo abraço... que o Adeus já se perdeu na saudade da Irmã Pobreza…
... até breve... até ao próximo abraço... que o Adeus já se perdeu na saudade da Irmã Pobreza…
«Cântico das Criaturas»
Altíssimo, Omnipotente, Bom Senhor
Teus são o Louvor, a Glória,
a Honra e toda a Bênção.
Louvado sejas, meu Senhor,
com todas as Tuas criaturas,
especialmente o senhor irmão Sol,
que clareia o dia e que,
com a sua luz, nos ilumina.
Ele é belo e radiante,
com grande esplendor;
de Ti, Altíssimo, é a imagem.
Louvado sejas, meu Senhor,
pela irmã Lua e pelas estrelas,
que no céu formaste, claras.
preciosas e belas.
Louvado sejas, meu Senhor.
pelo irmão vento,
pelo ar e pelas nuvens,
pelo sereno
e por todo o tempo
em que dás sustento
às Tuas criaturas.
Louvado sejas, meu Senhor,
pela irmã água, útil e humilde,
preciosa e casta.
Louvado sejas, meu Senhor,
pelo irmão fogo,
com o qual iluminas a noite.
Ele é belo e alegre,
vigoroso e forte.
Louvado sejas, meu Senhor,
pela nossa irmã, a mãe terra,
que nos sustenta e governa,
produz frutos diversos,
flores e ervas.
Louvado sejas, meu Senhor,
pelos que perdoam pelo Teu amor
e suportam as enfermidades
e tribulações.
Louvado sejas, meu Senhor,
pela nossa irmã, a morte corporal,
da qual homem algum pode escapar.
Louvai todos e bendizei o meu Senhor!
Dai-Lhe graças e servi-O
com grande humildade!
... de S. Francisco de Assis

2 comentários:
Para compreender este mundo que o Pai amou até mandar para ele o Filho Único,este mundo que Francisco cantou no Cântico das Criaturas para mim tenho como muito necessário conhecer Teilhard de Chardin,principalmente a sua "Missa sobre o mundo"
Um "autor neo-clássico"... "obrigatório" no noviciado da Trapa... no ínicio atrapalhou-me um pouco, mas depois com mais caminho passou a ser uma dádiva ler este autor...
Santo fim-de-semana a todos...
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