*** Sanctus...Sanctus...Sanctus *** E é importante apoiar-se numa comunidade ,mesmo que seja virtual,porque entre aqueles e aquelas que a compõem,encontram-se os que estão nos tempos em que o dia vai ganhando, pouco a pouco, à noite. Irm.Silencio

domingo, 25 de setembro de 2011

O REINO


A chegada de Deus era uma coisa boa. Assim pensava Jesus: Deus aproximava-se porque era bom, e era bom para todos que Deus se aproximasse. Não vinha defender os seus direitos nem pedir contas a quem não cumprisse os seus mandamentos.

Não chegava para impor o seu “domínio religioso”. De facto, Jesus não pedia aos camponeses que cumprissem melhor a sua obrigação de pagar os dízimos e as primícias; não se dirigia aos sacerdotes para que observassem com maior pureza os sacrifícios de expiação no templo; não incentivava os escribas para que fizessem cumprir com maior fidelidade a lei do Sábado e outros preceitos. O Reino de Deus era outra coisa. O que mais preocupava Deus era libertar a gente de tudo aquilo que a desumanizava e a fazia sofrer…
 
Era isso que precisavam de ouvir: que Deus se preocupava com eles. O Reino de Deus que Jesus proclamava correspondia aquilo que mais desejavam: viver com dignidade…
Era, por isso, que Jesus não falava da “ira de Deus” como o Baptista, mas da sua “compaixão”. Deus não vinha como juiz irado, mas como pai de amor comunicativo…

 
(Jesus) nunca se pôs do lado do povo judeu contra os pagãos: o Reino de Deus não consistiria num triunfo de Israel contra os gentios. Também não se colocou nunca do lado dos justos em detrimento dos pecadores: o Reino de Deus não consistiria na vitória dos santos para fazer pagara os maus pelos seus pecados. Ele era sempre a favor dos que sofriam e contra o que era mal, pois o Reino de Deus consistia me libertar a todos daquilo que os impedia de viver de maneira digna e feliz…

 
Por isso, Jesus não pensava só na cura das pessoas doentes. Toda a sua actividade se desenvolvia no sentido de fazer surgir uma sociedade mais saudável. Daí a sua alergia a comportamentos patológicos de raiz religiosa tais como o legalismo, o rigorismo e o culto vazio de justiça; o seu esforço em prol de uma convivência mais justa e solidária; o acolhimento que fazia aos deserdados da vida ou da sociedade; o seu empenhamento em libertar toda a gente do medo e da insegurança a fim de que vivesse com absoluta confiança em Deus. 


Curar, libertar do mal, tirar do desânimo, sanear a religião, construir uma sociedade mais amável, eram os caminhos que ele indicava para se acolher e promover o Reino de Deus, e eram também os caminhos que Jesus trilharia”.

É isto que nos ensinam na catequese? Nas homilias? Nas notas episcopais? Nas encíclicas pontifícias?


Zé Dias AQUI

Sem comentários: