O Discípulo é testemunho vivo da Esperança...!

(no Evangelho deste 6ºDom de Páscoa).

(paralelismo com 1Pedro, 3,15-18)

O Discípulo ao responder à CHAMADA segue o Mestre pelas mesmas razões que Jesus disse para quem quer segui-Lo:

“«Se alguém me tem amor, há-de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada.” (Jo 14, 23)

E ao seguir a Jesus, o Discípulo segue-O olhando o CAMINHO sem qualquer tipo de fuga ou ilusão do que quer que seja, reconhecendo que ele apenas carrega, além do “bordão” de Peregrino que é nesta vida, a ESPERANÇA que Jesus lhe deixou e que nos fala, (de uma forma indirecta) João no Evangelho deste Domingo, e Pedro mais directamente na sua 1ªcarta neste 3ºCap.

Ora, essa Esperança é feita de dois CAMINHOS que se cruzam e se encontram pela FÈ no coração de cada Discípulo: a ETERNIDADE e a RESSURREIÇÃO.

São estas duas REALIDADES concretas da Fé, aquelas que Pedro chama cada um de nós a dar (anunciar) como RAZÃO da Esperança a todos os que nos interpelam no caminho.

No entanto, é preciso ter em conta, que mesmo não conhecendo ainda essa ESPERANÇA, os que não fazem os mesmos caminhos da Fé, ainda assim percebem se aqueles que anunciam essa Esperança a estão a VIVER e a EXPERIMENTAR na realidade concreta das suas vidas.

Não é por “acaso” que Pedro pede neste carta que usemos de “brandura” e “respeito”, sobretudo, “conservando uma boa consciência”, para que mesmo nas nossas fragilidades de homens e mulheres, os “outros” possam abrir o seu coração à GRAÇA que nos foi dada na Cruz por Cristo, que deseja ainda hoje também oferecer essa mesma ESPERANÇA a todos os que a quiserem receber.

Como Pedro, cada Discípulo de hoje deve estar consciente que só é possível fazer o Caminho do Discípulo na sua totalidade, se ele VIVE e ACOLHE como realidade concreta essa mesma ESPERANÇA nos caminhos da Fé que vai trilhando diariamente.

Que cada um de nós possa dar a RAZÃO da sua ESPERANÇA, e responder à CHAMADA, seguindo Jesus pelas mesmas razões que levaram também Pedro a responder um dia ao Mestre:

“Senhor a quem iremos, só TU tens palavras de VIDA ETERNA.” (Jo 6,68).

A MEDITAR: Qual é a minha Esperança como Cristão? Que testemunho dou dela aos outros? Como vivo a Esperança no meio do mundo cheio de dificuldades?

vp.

(no  estudo do Discipulado em Pedro).