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sexta-feira, 18 de março de 2011

O Discípulo nos montes da Transfiguração… (2ºTexto).

Depois de ter escrito a primeira partilha,  coloquei aqui para que pudessem seguir também o nosso “retiro”…  como o meu “guia espiritual” esteve toda a semana em retiro diocesano, e parece que aquilo foi forte, ao regressar hoje pela tarde, parece que esta água não era potável para uma alma habituada a 6 dias a beber de águas mais cristalinas…risadas! Resultado, outra massa da mesma partilha teve que ir ao forno para satisfazer tal coração dilatado … bom,  achei melhor deixar ficar a outra anterior e publicar agora também esta.. são da mesma massa, mas o pão é diferente… e sempre servirão talvez de alimento para algum coração mais faminto… espero que tal pão não seja mais duro…. grato pela vossa paciência…

No Evangelho deste Domingo, Pedro sobe com Jesus os seus companheiros ao Monte onde vive e faz a “Experiência da Transfiguração”.

Também para nós, Discípulos de Jesus, esse subir ao “Monte” e fazer essa “experiência” da “Transfiguração” acontece na caminhada da vida concreta do Discípulo.

E esses “montes” podem ser todos esses espaços, momentos e acontecimentos no caminho da nossa vida concreta onde acontecem a Oração; a Eucaristia; os Sacramentos e outros caminhos do Discípulo, onde através da Resposta a seguir o Mestre até ao Monte (a chamada) e da Escuta, que acontece no “Seguimento e na Amizade” com o Mestre, descobrimos o seu verdadeiro Rosto de FILHO DE DEUS  com toda a sua Divindade e Beleza.

Como Pedro, também nós ao fazemos a experiência dessa descoberta da Beleza e da Presença do próprio Filho de Deus entre nós, também como ele somos tentados a ficar ali e montar as nossas tendas (os nossos planos e programas de vida), esquecendo que é preciso sair de nós mesmos e descer ao Encontro dos outros, da realidade da vida.

Pedro vai descobrir ao longo do caminho com o Mestre que esse “encontro” com os outros passou e passa sempre pela Cruz. E o seu maior obstáculo como Discípulo, foi precisamente o medo da Cruz, como também é ainda para cada um daqueles que  desejam também ser Discípulo de Jesus.

Resumindo, a subida ao Monte era e é a preparação para o abraço da Cruz. Sem fazermos a experiência do Encontro com o Filho de Deus, não estamos preparados para abraçar e para compreender a Cruz.

Foi precisamente na Cruz que Jesus se encontrou com o homem e é nela e por ela que Ele o salva. É também na Cruz que descobrimos como Pedro que a Vitória acontece, (no Cristo ressuscitado) e então aí todos os medos são vencidos.

“Então Jesus aproximou-se e, tocando-os, disse: Levantai-vos e não  temais”.

A MEDITAR

Tenho desejo de subir ao Monte e ver realmente quem é Jesus?

Ao descobrir quem é o Mestre, estou disposto a descer com Ele e abraçar a vida?

Que medos concretos sou chamado a vencer nesta Quaresma?

2 comentários:

Maria-Portugal disse...

Mas como é q o medo da Cruz pode ser um obstáculo? Obstáculo a quê?Ela acontece com medo ou sem ele.

A questão está em que a aceitemos como preâmbulo da Ressurreição ou que desesperemos nela.

Maria-Portugal disse...

Parece por vezes em várias meditações q a cruz é um fim e um objectivo...e não um passo doloroso da nossa peregrinação para o Pai.