A Fé vive-se no outro lado das margens das emoções, das circunstâncias, dos sentidos, do que parece, dos êxitos…das miragens que nos cegam… do libertar-se do armazenado no inconsciente, que avaro, recolheu e recolhe ainda todos os pedaços do passado e do presente, sobretudo os “restos” que nos serviram e servem nos pratos de lentilhas trocados pelas posses das nossas humanidades menos límpidas… de forma a que nos mantenhamos eternos prisioneiros da desesperança…subjugados na troça de quem deseja travar o caminho da liberdade em nós…!
Enquanto continuarmos a alimentar-nos do passado, jamais aceitaremos o convite de nos sentar-mos à mesa do presente, fechando a porta ao futuro que nos espera ansioso, para dançar connosco a festa da Alegria e da Ressurreição...!
Mais do que os outros nos podem fazer, somos quase sempre nós, as vítimas das nossas próprias escolhas…
E a pergunta continua eternamente a soar à porta da nossa existência: “Quem nos poderá separar do Amor de Cristo…?”
Tu… eu… todo aquele que continuar a trocar a sua humanidade por uma humanidade moldada pelos que continuam a alimentar-se das nossas fragilidades e prisões…
Quando virá o dia em que seremos verdadeiramente livres… aquele instante-eternamente-presente, em que nada nos poderá mais separar do Amor de Cristo…?
2 comentários:
Deixo a base bíblica onde alimentei algum caminho que deu forma a esta partilha fruto de uma lectio divina pessoal… espero agora tornar mais claro a razão do seu conteúdo..! Ele é dirigido a todos no geral sem "pessoal" nenhum caminho seja de quem for, é apenas uma partilha para reflexão...
“Mas, tudo quanto para mim era ganho, isso mesmo considerei perda por causa de Cristo. Sim, considero que tudo isso foi mesmo uma perda, por causa da maravilha que é o conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor: por causa dele, tudo perdi e considero esterco, a fim de ganhar a Cristo e nele ser achado, não com a minha própria justiça, a que vem da Lei, mas com a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus e que se apoia na fé. Assim posso conhecê-lo a Ele, na força da sua ressurreição e na comunhão com os seus sofrimentos, conformando-me com Ele na morte, para ver se atinjo a ressurreição de entre os mortos. Não que já o tenha alcançado ou já seja perfeito; mas corro, para ver se o alcanço, já que fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não me julgo como se já o tivesse alcançado. Mas uma coisa faço: esquecendo-me daquilo que está para trás e lançando-me para o que vem à frente, corro em direcção à meta, para o prémio a que Deus, lá do alto, nos chama em Cristo Jesus. Fil. 3,7,14.
"pessoalizar"...! e não (pessoal) queria eu dizer... apenas viveres que vou experimentando nos outros e eles também em mim... só isso.. desculpem o erro... santa semana a todos...
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