“Pois, há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, um homem: Cristo Jesus” (ITm 2,5)
Estou consciente da “facilidade” que existe em lançar poeira e confusão sobre o tema da “intercessão dos santos! Seria extremamente fácil e simples, se a intenção fosse apenas o de querer apenas “negar”…! Para isso, bastava simplesmente entrar por um caminho redutor, usando como arma e argumento de “arremesso” os conteúdos da parábola do rico e de lázaro… na resposta que o rico recebeu acerca do seu pedido de “intercessão” pelos seus irmãos, que nos aponta definitivamente, no sentido oposto ao que defende o tema da intercessão: “...Têm Moisés e os Profetas; que os oiçam!”(Lc 16,27).
Mas não é por aí que desejo caminhar! Venho aqui como peregrino apenas que caminha também convosco em busca da compreensão total da Revelação que está implícita nas fontes da Fé que são as sagradas Escrituras… por isso tentarei ser o mais sintético… (não é de todo uma tarefa simples tal tema), mas adiante, o que importa é abrir caminhos, o resto, certamente que o Espírito Santo se encarregará de completar, aclarar e aperfeiçoar nos nossos corações tais passos da Fé…!
Se por vezes a minha forma de abordagem aqui vos parece desafiadora e a raiar os limites, faço-o apenas para abrir e romper caminhos que nos aproximem mais de Deus… Graças a Deus que a Graça venceu o medo em mim, e é na paz de quem se sente amado por Deus que também afirmo agora como Paulo: “…porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia.” (II Timóteo 1:12). E o que é que Lhe confiei? A minha vida… isso me basta, não a aprovação dos homens…!
Entrando agora directamente no tema, quero vos confessar que procurei “todos” os caminhos para poder partilhar convosco sobre a intercessão, e todos eles, irremediavelmente me levaram a um ponto de encontro onde não é possível caminhar mais para além dele, esse “ponto” onde convergem e terminam todos os “trilhos espirituais” por onde andam o coração e a razão humana, que é a GRAÇA.
Uma das passagens muito discutidas e que serve como um dos muitos argumentos que valida para muitos a possibilidade da “intercessão” dos santos tem como terreno os capítulos 6 e 7 do Apocalipse!
Não percebo porquê, mas é precisamente a partir desta leitura, que muitos teólogos “chegaram” à conclusão que os que morreram não estão a dormir mas continuam a trabalhar activamente na causa divina que é a salvação de todos os homens e por isso são “membros activos” da Igreja…!
Se lermos atentamente estes dois capítulos, percebemos que as coisas não são assim tão lineares! Comecemos pelo 6º Cap… reparem o pedido que ali é feito: “E, quando Ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos, por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho que deram. “E clamavam em alta voz: Tu, que és o Poderoso, o Santo, o Verdadeiro! Até quando esperarás para julgar e tirar vingança do nosso sangue sobre os habitantes da terra?” (Ap 6,9)
Intercessão, e ainda por cima feita a pedido de e por santos, é pedido de vingança?.... Que me desculpem, mas não percebi o que tem isto a ver com a Redenção da Cruz e no “Tudo está consumado”…!
Já no 7ºcap, a forma de abordagem na comunhão dos santos com Deus é completamente diferente! … Certamente que os que ali estão na presença de Deus, estão bem acordados (já ressuscitados) e na comunhão plena com Deus, mas as palavras e gestos ali vividos neles e por eles em direcção a Deus, não carregam nem expressam de todo “intercessão”, mas algo bem diferente, algo como que um clamor ou súplica espiritual pela realidade do martírio dos santos na presença de Deus.
Outra “asneira” teológica é quando se tenta, como muitos já o fizeram, se tenta reduzir estes “episódios” da comunhão dos santos com Deus, ou pensá-lo com as categorias de tempo…! Que me perdoem os que me estão a ler, mas é infantilizar ou até mesmo “manipular” com objectivos de quem tenta ajustá-los à medida dos seus intentos, dando-lhe uma interpretação que nada têm a ver com a “realidade”, que é contraposta pela realidade da inexistência da sucessão do tempo nessa dimensão eterna! (até falar aqui de “dimensão” é arrojado… parece-me)
Já pensaram alguma vez como é que os santos podem conhecer as nossas necessidades se eles não são “omnipresentes? Se só Deus é Omnipresente como damos resposta a esta questão? Não conhece Deus de antemão já as nossas necessidades? (Mt 6,8). Se Paulo afirma: “Pois, há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, um homem: Cristo Jesus” (ITm 2,5), então, porque é que continuam os cristãos apoiados na intercessão dos santos? Onde encontramos essa realidade da intercessão nas sagradas escrituras?
Em Paulo, encontramos a intercessão mas numa realidade completamente diferente que é a da sua necessidade ainda na terra dos vivos, onde recomenda que se faça intercessão entre os homens que nela vivem:”Recomendo, pois, antes de tudo, que se façam preces, orações, súplicas e acções de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão constituídos em autoridade, a fim de que levemos uma vida serena e tranquila, com toda a piedade e dignidade. Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. (ITm 2,1-3).
Olhem, não vou agora entrar aqui no tema do “sufrágio pelos defuntos”, não é o espaço nem o momento oportuno, mas gostaria de chamar-vos a atenção para as implicações que esse tema carrega até para este tema da Intercessão que partilho agora:
Se a eternidade só pertence a Deus, tendo como seu Filho Jesus Cristo o único Intercessor, porque então continuamos nós a orar pelos defuntos, se eles possuem o poder de interceder por nós? Será que a redenção da Cruz não foi totalmente consumada e é preciso acrescentar algo à Salvação? Onde repousa afinal a esperança dos homens? Onde fica a Graça e a Obra redentora do Pai no meio disto tudo?
Bom, vou ficar-me agora por aqui… sei que apenas foi um abordagem muito reduzida do que se podia dizer sobre o tema da intercessão, mas o importante é abrir caminhos… jamais fechar… noutra altura talvez o Senhor me ajude a abrir mais caminho nesta direcção que desejo do fundo do coração nos leve e aproxime mais de Cristo… só Ele é o único Intercessor…
Abraço-vos em Deus que me repete incessantemente ao coração através de Paulo:“Pois, há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, um homem: Cristo Jesus” (ITm 2,5).
Mas não é por aí que desejo caminhar! Venho aqui como peregrino apenas que caminha também convosco em busca da compreensão total da Revelação que está implícita nas fontes da Fé que são as sagradas Escrituras… por isso tentarei ser o mais sintético… (não é de todo uma tarefa simples tal tema), mas adiante, o que importa é abrir caminhos, o resto, certamente que o Espírito Santo se encarregará de completar, aclarar e aperfeiçoar nos nossos corações tais passos da Fé…!
Se por vezes a minha forma de abordagem aqui vos parece desafiadora e a raiar os limites, faço-o apenas para abrir e romper caminhos que nos aproximem mais de Deus… Graças a Deus que a Graça venceu o medo em mim, e é na paz de quem se sente amado por Deus que também afirmo agora como Paulo: “…porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia.” (II Timóteo 1:12). E o que é que Lhe confiei? A minha vida… isso me basta, não a aprovação dos homens…!
Entrando agora directamente no tema, quero vos confessar que procurei “todos” os caminhos para poder partilhar convosco sobre a intercessão, e todos eles, irremediavelmente me levaram a um ponto de encontro onde não é possível caminhar mais para além dele, esse “ponto” onde convergem e terminam todos os “trilhos espirituais” por onde andam o coração e a razão humana, que é a GRAÇA.
Uma das passagens muito discutidas e que serve como um dos muitos argumentos que valida para muitos a possibilidade da “intercessão” dos santos tem como terreno os capítulos 6 e 7 do Apocalipse!
Não percebo porquê, mas é precisamente a partir desta leitura, que muitos teólogos “chegaram” à conclusão que os que morreram não estão a dormir mas continuam a trabalhar activamente na causa divina que é a salvação de todos os homens e por isso são “membros activos” da Igreja…!
Se lermos atentamente estes dois capítulos, percebemos que as coisas não são assim tão lineares! Comecemos pelo 6º Cap… reparem o pedido que ali é feito: “E, quando Ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos, por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho que deram. “E clamavam em alta voz: Tu, que és o Poderoso, o Santo, o Verdadeiro! Até quando esperarás para julgar e tirar vingança do nosso sangue sobre os habitantes da terra?” (Ap 6,9)
Intercessão, e ainda por cima feita a pedido de e por santos, é pedido de vingança?.... Que me desculpem, mas não percebi o que tem isto a ver com a Redenção da Cruz e no “Tudo está consumado”…!
Já no 7ºcap, a forma de abordagem na comunhão dos santos com Deus é completamente diferente! … Certamente que os que ali estão na presença de Deus, estão bem acordados (já ressuscitados) e na comunhão plena com Deus, mas as palavras e gestos ali vividos neles e por eles em direcção a Deus, não carregam nem expressam de todo “intercessão”, mas algo bem diferente, algo como que um clamor ou súplica espiritual pela realidade do martírio dos santos na presença de Deus.
Outra “asneira” teológica é quando se tenta, como muitos já o fizeram, se tenta reduzir estes “episódios” da comunhão dos santos com Deus, ou pensá-lo com as categorias de tempo…! Que me perdoem os que me estão a ler, mas é infantilizar ou até mesmo “manipular” com objectivos de quem tenta ajustá-los à medida dos seus intentos, dando-lhe uma interpretação que nada têm a ver com a “realidade”, que é contraposta pela realidade da inexistência da sucessão do tempo nessa dimensão eterna! (até falar aqui de “dimensão” é arrojado… parece-me)
Já pensaram alguma vez como é que os santos podem conhecer as nossas necessidades se eles não são “omnipresentes? Se só Deus é Omnipresente como damos resposta a esta questão? Não conhece Deus de antemão já as nossas necessidades? (Mt 6,8). Se Paulo afirma: “Pois, há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, um homem: Cristo Jesus” (ITm 2,5), então, porque é que continuam os cristãos apoiados na intercessão dos santos? Onde encontramos essa realidade da intercessão nas sagradas escrituras?
Em Paulo, encontramos a intercessão mas numa realidade completamente diferente que é a da sua necessidade ainda na terra dos vivos, onde recomenda que se faça intercessão entre os homens que nela vivem:”Recomendo, pois, antes de tudo, que se façam preces, orações, súplicas e acções de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão constituídos em autoridade, a fim de que levemos uma vida serena e tranquila, com toda a piedade e dignidade. Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. (ITm 2,1-3).
Olhem, não vou agora entrar aqui no tema do “sufrágio pelos defuntos”, não é o espaço nem o momento oportuno, mas gostaria de chamar-vos a atenção para as implicações que esse tema carrega até para este tema da Intercessão que partilho agora:
Se a eternidade só pertence a Deus, tendo como seu Filho Jesus Cristo o único Intercessor, porque então continuamos nós a orar pelos defuntos, se eles possuem o poder de interceder por nós? Será que a redenção da Cruz não foi totalmente consumada e é preciso acrescentar algo à Salvação? Onde repousa afinal a esperança dos homens? Onde fica a Graça e a Obra redentora do Pai no meio disto tudo?
Bom, vou ficar-me agora por aqui… sei que apenas foi um abordagem muito reduzida do que se podia dizer sobre o tema da intercessão, mas o importante é abrir caminhos… jamais fechar… noutra altura talvez o Senhor me ajude a abrir mais caminho nesta direcção que desejo do fundo do coração nos leve e aproxime mais de Cristo… só Ele é o único Intercessor…
Abraço-vos em Deus que me repete incessantemente ao coração através de Paulo:“Pois, há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, um homem: Cristo Jesus” (ITm 2,5).
(perdoem-me mas não tinha como sintetizar mais o tema)
VP
7 comentários:
ateador de fogos... espero que depois da "queima" reste ainda alguma coisa para que o Es possa voltar a fazer renascer dentro de nós a verdadeira Fé...
e tanto que ainda ficou por dizer....!
Abraços no Pai...
ps. depois abordarei também o outro tema prometido.
Então será perfeitamente destinada ao lixo celestial a nossa oração por alguém...ou não?
E se não,porque não?
Sim...se o Único q intercEde junto do Pai é Jesus...se JEsus e intercede por saber de tudo e de todos e nós não então para que rezamos por alguém?Onde está a comunhão dos santos?
Mas perfilho,inversamente, que na glória,como está escrito,partilhamos da divindade e dos mesmos atributos delegados de Deus e assim "conheceremos como somos conhecidos".
Por isso Moisés,na glória, falava com Jesus conhecendo o que iria acontecer.
Agora concordo que é por Jesus que chegamos ao Pai...aliás na linha de Maria que pediu o milagre a Jesus e não ao Pai.
Acresce ainda em Lucas 20,36 o que disse Jesus
"são como anjos no céu" .
Anjo vem do hebraico "mal'ach" que significa mensageiro.
Assim terão missões atribuidas.
Deixe-me respirar pf.... risos...
já voltarei sim... com o tema sobretudo proximo das suas interrogações que por acaso, lhe digo que também as tenho, mas vou fazendo caminho porque elas já não são o ESSENCIAL da questão..
...a questão é se estamos postos com os olhos na vida eterna e se para isso somos ou não somos capazes pela Graça de chegar lá, precisando das eternas muletas....!
mas logo voltarei.. trabalho aqui agora...
santa noite
Sr.Ateador de Fogos
Nova questão:
"capazes pela graça"????
A graça é dom gratuito ,não depende da capacidade.Estamos sempre a receber "graça sobre graça".
Refere-se,talvez, a fazermos abertura maior ou menor à sua recepção?
As questões não são essenciais?
Creio q sim.Elas questionam a existência ou não da intercessão...da comunhão dos santos.
E a intercessão é o ponto fulcral sobre q nos estamos a debruçar.
Ou não?
Agora vou acabar as listas dos meninos para a catequese...mas depois das vésperas.
Saudações amigas
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