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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Apostai tudo na ovelha perdida

(Alfred Soord)
O Presidente da Comissão Episcopal das Missões lamenta indiferença relativamente aos fiéis que abandonam as comunidades eclesiais.

D. António Couto, bispo auxiliar de Braga, lamenta que a Igreja Católica esteja a dar mais atenção à quantidade de fiéis do que à situação de cada um: “Infelizmente, para nós conta a estatística, os números, e não as pessoas”.

“Quando um irmão deixa de frequentar a Igreja, ninguém pergunta por ele. É importante que os nossos irmãos se sintam amados. Aqui tendes a missão que nunca mais acaba. Mas, é necessário conhecer a pessoa pelo nome”, afirmou aos cerca de 100 participantes no “Fórum Missionário” realizado em Coimbra, a 22 de Maio.

“Apostai tudo na ovelha perdida”, “nem que para isso percam um mês, um ano ou uma vida inteira”, pediu o prelado, que acrescentou: “O trabalho, hoje, é de um a um”.

Na intervenção que proferiu sobre “A missão da Igreja nos escritos do Novo Testamento”, o presidente da Comissão Episcopal das Missões falou da urgência de usar a “linguagem dos afectos”, “tocando os corações dos homens”.

O prelado criticou a “linguagem fria”, criadora de “distância e indiferença”, e sublinhou que é preciso “agarrar as pessoas por dentro, para as não deixar ir embora”.

No entender de D. António Couto, os “leigos são a energia nuclear do Cristianismo” por estarem envolvidos nas várias realidades da sociedade, e a Igreja precisa do seu “trabalho testemunhal”, que só pode acontecer se eles forem “iluminados, vivos, atentos e apaixonados por Jesus Cristo”.

O bispo auxiliar defende que os fiéis dedicados ao anúncio da mensagem cristã devem ser mais humildes: “Quando as pessoas nos vêem muito ricas, desconfiam de nós”, afirmou, acrescentando que “o missionário é frágil, se não for frágil é rico, se for rico não está com Deus”.

1 comentário:

Ana Loura disse...

Excelente reflexão...