
Senhor,
No meu bornal de peregrino tenho um conto que diz assim:
Pela manhã, um lenhador a golpes de machado tentava cortar uma árvore quando alguém passou e viu que embora vibrados com força, os golpes não se faziam sentir no tronco.
regressar ao fim do dia, viu o lenhador no mesmo afã… e a mesma árvore, de pé! Aquilo achou que o machado estava sem fio…
- Porque não afia o seu machado? – perguntou.
Mal humorado, o lenhador respondeu:
- Não tenho tempo.
O lenhador do conto é um exemplo dos homens sem tempo... como se o tempo gasto em afiar o machado não fosse tempo ganho para cumprir melhor a sua tarefa.
Senhor, de certo modo isto acontece quando o homem se esquece de Ti, recusando o tempo da oração... deste saboroso encontro Contigo.
Ajuda-me, pois, para que o fio do meu amor por Ti nunca tenha semelhanças com o fio do machado daquele lenhador sem tempo... Permite, assim, que aguce nesta ORAÇÃO DA MANHÃ a ferramenta que sou, para que seja mais frutuoso o trabalho deste dia.
Teodoro Mendes
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