*** Sanctus...Sanctus...Sanctus *** E é importante apoiar-se numa comunidade ,mesmo que seja virtual,porque entre aqueles e aquelas que a compõem,encontram-se os que estão nos tempos em que o dia vai ganhando, pouco a pouco, à noite. Irm.Silencio

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

deixei-me seduzir

Seduziste-me, Senhor, e eu deixei-me seduzir"

"Esta foi a frase que escolhi como lema para a ordenação sacerdotal. Escolhi-a porque resume toda a caminhada que tenho feito em direcção Àquele que me chamou, Jesus Cristo.

Como já partilhei convosco, a minha relação com Cristo começou da simples pergunta, quem é Ele? Responder a isto revelou-se um longo e feliz desafio do qual não mais me libertaria, e ainda bem.

Quanto mais o conheço, mais anseio conhecê-Lo.

Não é obra minha, é obra d'Ele, eu apenas me deixo seduzir. Quando se fala de amor, como sabeis, é perdendo-nos no outro que verdadeiramente nos encontramos. A Ele devo o chamamento, a sedução, a aceitação, o amadurecimento, tudo. Por Ele, com Ele, n'Ele tento caminhar.

Resta agora, da minha parte, retribuir este amor que sei que Ele tem por mim, por todos nós. Para tal, consagro hoje a minha vida a anunciar esta Boa Nova.

Em comunhão com uma imensidão de gente (Igreja) que sente o mesmo que eu, padres, religiosos/as, leigos, estou disposto a anunciar a sua mensagem áqueles que ainda não a conhecem. Ela é forte demais para ficar fechada dentro de um só coração. Esta missão não é exclusiva do Padre; é de todos nós, pois Jesus disse: "não se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa" (Mt 5,15). Desde o Baptismo que somos candeias; alumiemos os nossos irmãos."

Pe Renato Poças

 


Acrescentei o comentário da Ana:

Maria


Do conjunto das Leituras e Evangelho do passado Domingo foi exactamente a primeira leitura que me calou fundo na alma. Fui eu a lê-la na nossa Eucaristia e acredita que me falhou a voz várias vezes. As diversas traduções da leitura usam, umas, a palavra sedução, outras a plavra cativar e ambas significam uma persistência, um trabalho contínuo de conquista do outro. 

Sim, o Pai não baixa os Seus braços no jogo amoroso com que nos quer seduzir e nós temos, apenas e só que nos abandonar confiantes de que só seremos felizes deixando-nos amar por esse amor louco com essa loucura com que só Ele sabe amar, loucura, sim, pois só quem ama loucamente se dá da forma como Deus Se dá dando o Seu filho unigénito, ÚNICO, para que aprendamos o AMOR. 

Agora será que estaremos interessados em sermos amados dessa forma? Será que nos abandonamos a esse amor? É que também não é fácil assumirmos uma paixão embaraçosa, uma paixão que nos exige, também, um amor sem limites ao OUTRO, ao vicioso, ao doente da alma e do corpo, áquele de quem desviamos o olhar e cuspimos no chão ou mesmo cuspimos no rosto como cuspiram no rosto do Ecce Homo. Somos tão frágeis, mas como Paulo/Saulo temos de ser fortes quando somos fracos e só nEle.

 Que sintamos esta atracção irrestitível, este apelo apaixonado, esta sedução porque o Pai não desiste mesmo quando nós desistimos. Ele ama-nos apaixonadamente.

1 comentário:

Ana Loura disse...

Maria

Do conjunto das Leituras e Evangelho do passado Domingo foi exactamente a primeira leitura que me calou fundo na alma. Fui eu a lê-la na nossa Eucaristia e acredita que me falhou a voz várias vezes. As diversas traduções da leitura usam, umas, a palavra sedução, outras a plavra cativar e ambas significam uma persistência, um trabalho contínuo de conquista do outro. Sim, o Pai não baixa os Seus braços no jogo amoroso com que nos quer seduzir e nós temos, apenas e só que nos abandonar confiantes de que só seremos felizes deixando-nos amar por esse amor louco com essa loucura com que só Ele sabe amar, loucura, sim, pois só quem ama loucamente se dá da forma como Deus Se dá dando o Seu filho unigénito, ÚNICO, para que aprendamos o AMOR. Agora será que estaremos interessados em sermos amados dessa forma? Será que nos abandonamos a esse amor? É que também não é fácil assumirmos uma paixão embaraçosa, uma paixão que nos exige, também, um amor sem limites ao OUTRO, ao vicioso, ao doente da alma e do corpo, áquele de quem desviamos o olhar e cuspimos no chão ou mesmo cuspimos no rosto como cuspiram no rosto do Ecce Homo. Somos tão frágeis, mas como Paulo/Saulo temos de ser fortes quando somos fracos e só nEle. Que sintamos esta atracção irrestitível, este apelo apaixonado, esta sedução porque o Pai não desiste mesmo quando nós desistimos. Ele ama-nos apaixonadamente.