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segunda-feira, 21 de julho de 2008

A reconciliar consome-se uma vida



Passamos uma vida a reconciliarmo-nos connosco mesmo...por mais que julguemos que estamos livres, que somos autênticos,apenas muito lenta e dolorosamente poderemos atingir o sentido pleno da filiação divina, que assegura a paz através das dificuldades.

É que para tal seria preciso um número grande de renúncias,um grande número de estrangulamentos de coelhinhos brancos  nos nossos abismos profundos para atingir o espírito de infância, que nos abre o Reino.

Quem o atinge ,como Francisco,o cântico das criaturas faz cantar tudo o que há de bom em nós e nos outros e reconcilia o que em nós se recusa a confiar.

Que o Deus da ternura e da misericórdia fique connosco,quando anoitece.

2 comentários:

Alecrim disse...

Amen. Que assim seja.

ladoalado disse...

É exactamente quando anoitece que o Deus da ternura e da misericórdia aparece mais próximo, mais brilhante, se formos capazes de olhar com serenidade o Infinito, na quietude da escuridão que se aproxima...
A vida é o que é, nós somos o que somos, o que fizémos está feito "é um caso acabado", como diz I. Larrañaga, que acrescenta: "devemos abandonar toda a resistência, assumir as coisas como elas são, inclnando a cabeça e dizendo: nas tuas mãos me coloco. A Paz começará a inundar a alma. É nisto que que consiste a sabedoria." (in "Nas mãos de Deus", p.29).
Assim sendo, "a reconciliar consome-se uma vida", mas ao atingirmos o estado de Reconciliação, ganhamos A Vida...
Este livro, que tu mesma me ofereceste, é por mim relido muitas vezes, porque tenho a cabeça dura e ando sempre à cata de culpas e de coelhinhos brancos. E estou-te grata por isso.