*** Sanctus...Sanctus...Sanctus *** E é importante apoiar-se numa comunidade ,mesmo que seja virtual,porque entre aqueles e aquelas que a compõem,encontram-se os que estão nos tempos em que o dia vai ganhando, pouco a pouco, à noite. Irm.Silencio

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Eu estou à porta...


Entrar numa casa!
Podemos fazê-lo das mais variadas formas.
Mas há apenas um modo de o fazer,
para entrar na intimidade, no profundo de alguém.
O do Mestre de Nazaré, gesto de infinita delicadeza e liberdade.
Gesto que evoca a imagem do Pastor que se reveste de mansidão,
de ternura, de cuidado.
Na sua proximidade, no convite das Suas palavras,
muitos retomaram a esperança,
redescobriram a beleza da vida,
de uma vida marcada pela simplicidade mais despojada:
“Não leveis nada pelo caminho.
Nem bastão, nem alforge, nem dinheiro…
e em todas as casas onde entrardes,
deixa a Paz!” (cf Lc 9,3).
Uma firme orientação,
como que a acenar para uma vida
que apela à liberdade dos filhos de Deus
e do Universo, que caminham a céu aberto,
uma vida que, naquele tempo, fazia a diferença,
porque uma vida vivida na verdade que liberta.
Vidas que foram perseguidas, porque,
naquele tempo, se tornavam
uma provocação aos poderosos.
Precisamos de portas abertas a Deus,
porque, necessariamente se abrem a todos os outros;
portas abertas à Esperança cristã,
o mesmo é dizer, a um olhar novo, o de Deus,
sobre a humanidade e a sua história.
A Esperança cristã permitirá a nós, cristãos,
oferecer a proposta de um caminho com futuro,
mais com o testemunho do que com as palavras.
A alegria que Deus quer
e o mundo de hoje tanto necessita
há-de brotar da aprendizagem constante
e quotidiana da mansidão, da humildade, da simplicidade.
Estou à porta e chamo!
Na agitação da vida, numa atmosfera global
de cansaço e isolamento, como seria benéfico para nós
e para os outros, especialmente os mais próximos de nós,
pressentir que Alguém está do lado de fora da nossa porta,
numa serena espera de que livre e delicadamente a abramos,
para cear e para ficar connosco.
Preste atenção aos sinais da Sua presença.
Não O deixe ficar à porta.
Não se preocupe em fazer jantar
porque Ele mesmo traz a ceia!

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