que ousemos o entusiasmo
da luz de cada dia,
a agilidade dos vindimadores
socalco acima
mantém-nos, Deus, ao rés da terra,
e altos, de inquietos, vigilantes voos
não se esgotem as cisternas
da paciência para a vida,
nem os agapantos azuis
nos encharquem de clandestina morte
dá-nos o paladar das coisas peregrinas,
o lugar do vento que não sabe donde,
o sítio dos comboios nos apeadeiros breves
que no rodopio das horas
a tua mão nos mostre o pino do sol
e o cheiro a mosto e a pão de milho
anuncie a ceia, a mesa da justiça, do bem e da beleza
José Augusto Mourão
1 comentário:
A mesa da justiça ,do bem e da beleza...
Não deixarei que a esperança se apague!
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