*** Sanctus...Sanctus...Sanctus *** E é importante apoiar-se numa comunidade ,mesmo que seja virtual,porque entre aqueles e aquelas que a compõem,encontram-se os que estão nos tempos em que o dia vai ganhando, pouco a pouco, à noite. Irm.Silencio

sábado, 21 de abril de 2012

Dia após dia

Foi bom ter encontrado o que aprendi com os meus sobrinhos,quando eram pequenos.Tantas vezes cantámos.Saudades...

7 comentários:

Anónimo disse...

(In)felizmente não posso dizer o mesmo dos meus sobrinhos,nasceram na geração de ouro.Quando vivêncio a minha experiência pessoal para eles ,diziam logo ...lá vem a tia contar a história da desgraçadinha...rsrrs.Mas lá diz o ditado, um dia um feitiço vira-se contra o feiticeiro,e chegou a hora de ele se virar...agora é que vão ser elas....O Pai tenha misericórdia,porque quem viveu sem nada, sabe dar valor ao Tudo....que é apenas tão e sómente o Pai....(Alma Rebelde)

vp disse...

"Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus..."Rm 8,28...

E são todas mesmo.... o importante é a forma como fazemos uso delas e o lugar que elas têm na nossa caminhada de vida...

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.
Ora, muito me regozijei no Senhor por finalmente reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade. Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.”
(Filipenses 4,8-13)

vp disse...

Interessante a necessidade tão humana num Apóstolo Paulo já no fim da sua vida na prisão….

Quando vieres, traz a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos. (2 Timóteo 4,13)

A capa… o frio tão humano num ser que já só vivia para Cristo…

"Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro." (Filipenses 1,21)

E os livros… ai meus ricos livrinhos… e ainda por cima para quem diz em determinada altura:

"Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo." (Filipenses 3,7)

Falta-nos tantas vezes o equilíbrio humano na pretensão de tudo abandonar pelo Senhor… esquecendo tão facilmente que nos levamos a nós… “esse” é que nunca o esquecemos… fica para o caso de… não vá a coisa correr …

Ainda bem… sobretudo para a nossa saúde espiritual estas experiências de Paulo e de outros que “tudo” abandonaram por Deus….

… ora aí está o nosso querido S.Paulo a dizer-nos que as coisas não são bem assim… sim… tudo muito santidades e entregas mas que venha o livro e a capa e pergaminhos porque antes de um santo está um homem de carne e osso…!

Fez-me rir agora este Irmão Paulo…que bom descobrir a verdadeira humanidade num Santo… e ainda nos surpreendemos com tal coisa se a vida é mesmo assim… será que vivemos num outro planeta…!

Aí Senhor… e a Encarnação ainda tão pouco entendida pelos caminhos dos homens e mulheres destes caminhos da Terra… Misericórdia…

Anónimo disse...

Peço perdão, mas essa não percebo... quero eu dizer, não percebo o que tem a ver o "viver já só para Cristo" com o facto de precisar da capa e dos livros...
Paulo não estava desencarnado, tinha frio, naturalmente, e, que se saiba, Jesus - que vivia em estreita comunhão com o Pai - não só usava túnica como tinha também um manto.
Jesus lia na Sinagoga, portanto usava livros ou, pelo menos, a Tora, e aprendera a ler por eles e a reflectir... Se Paulo precisava dos livros para o ajudarem na sua missão de evangelizar, onde é que está a incompatibilidade com "a pretenção de tudo abandonar" pelo Senhor?
Usar as coisas de que necessitamos no nosso quotidiano não é o mesmo que nos afundarmos no sentimento de posse... e despojarmo-nos de nós também não será o mesmo que ignorarmos as necessidades corporais, ou seremos tontos, pois quem nega o corpo que Deus lhe deu está a tratar mal a Sua obra...
Estarei a ver mal o "problema"?
Lila

vp disse...

Bom dia Irmã Lila e todos…

Não, não está a ver mal, era precisamente isso que diz o que quis explicar… que o abandonar tudo, não significa desencarnarmo-nos… a forma como coloquei a “necessidade” dos livros e a capa era para “forçar” o coração a meditar nessa questão sobre a constante (às vezes até doentia) “desvalorização” de tudo aquilo que Deus nos vai proporcionando na vida para viver e caminhar “afunilando” apenas o nosso olhar na radicalidade do Tudo que para alguns bem ao jeito de muitos na Igreja de todos os tempos é só e apenas Deus… esquecendo tão simplesmente que antes de sermos cristãos somos gente humana…. só isso…

… é claro que Deus é tudo… e Senhor de tudo… mas como o Filho… sem o respirar.. o comer.. sem ler ou outras coisas … ai asseguro-vos que Deus rapidamente deixará de ser o Tudo porque simplesmente deixamos de viver fisicamente ou como seres humanos normais..

… mas que coisa esta que agora parece querer voltar a regressar por esses caminhos espirituais das radicalidades cegas de apenas valorizar a relação com Deus passando a existir num espaço tipo BOLHA deitando tudo o resto que nos dá a vida… fora como se fosse “lixo”…. Não nos pede o Pai para vivermos….? O que é viver afinal…! Como viveu o Seu Filho entre nós…!

Irmã Lila, lamento a “nuvem”… talvez porque colocasse as questões (o livro e a capa) de uma forma satírica errei o alvo que era comunicar o que agora a Lila vem aqui reforçar com a sua intervenção…

“Usei” o exemplo de Paulo pela sua força na espiritualidade de todos os tempos… ele foi o melhor exemplo de tudo aquilo que um cristão precisa perceber e viver… a sua naturalidade humana com tudo… com o olhar fixo no caminho do Pai é claro mas sem medos de viver a vida com tudo o que ela nos oferta… e sem sombra de dúvidas que eu faria o mesmo no lugar dele…

Foi apenas o que quis transmitir.. lamento alguma confusão….. Bom Domingo…

vp disse...

... foi o melhor exemplo mas não o único claro... Paulo é um belo exemplo sim.... mas existem muitos outros...

...tantos que viveram a sua espiritualidade tão humanizada e no meio da vida normal e corrente como qualquer outro ser humano...

…uma das coisas que mais recordo daqueles tempos dos claustros era a boa boca e o bom paladar para o fruto da videira que os monges tinham e ainda têm hoje… não é só a fama… e isso não os desviava absolutamente nada do rumo da santidade… era comum dizer-se aos novos que chegavam que quem não tinha apetite e não comia bem não tinha vocação para monge...risos…

A Jesus também o chamaram de beberrão e outros eufemismos… e o que Ele fez foi apenas viver a vida com naturalidade como outro homem qualquer…

“Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e pecadores.” (Lucas 7,34)

Viver a vida sim, com equilíbrio e temperança mas vivê-la plenamente… mesmo na entrega total ao Pai…

Anónimo disse...

Bem... fico mais descansada.
Um abraço!
Lila