Não são as estrelas que te coroam,a tua concepção sem pecado ou o teres
sido assunta ao céu em corpo e alma,condições
inerentes à realidade de mãe
de Cristo,Deus com o Pai na unidade do
Espirito Santo,que me encantam e dão alento,mas sim ,como relatam os Evangelhos,a
tua vida de criatura,como nós,caminhando cheia de perguntas e
perplexidades,que não compreendendo, guardavas
no coração,alimentada
sòmente pela fé,sem revelações ou auxilios
especiais.
Sim,Maria ,foram horas penosas e
iguais às de tantas mães,as que passaste
quando jovem grávida percorreste mais de 100
km ,não sabendo o lugar ou as
condições em que iria nascer o Menino,ou
quando refugiada politica
procuraste a terra do Egipto,sem saber quando
e se podias regressar a
casa,ou ainda na angustia dos dias de Jerusalém
,procurando o Filho
desaparecido ,com todas as interrogações se
ainda o irias encontrar,se lhe
teriam feito mal.
Vida normal e igual na rotina diária de 30
anos sem acontecimentos,
que fizessem adivinhar as promessas constantes
da lei,para
finalizar na interrogativa,dolorosa e cruel
morte de cruz do teu Filho a
que assististe quase sòzinha e em que foste
investida da missão a que
estavas destinada,nos séculos futuros,a de mãe
da humanidade.
E se não são férteis os Evangelhos
a mostrar-nos os teus passos de peregrina
humana,são suficientes os exemplos que nos
ficaram da tua disponibilidade
desde o faça-se inicial até o auxilio prestado
aos outros,atravessando
montanhas,em condições dificeis , para ajudar
a prima Isabel ou
preocupando-se até pela humilhação do dono da
casa das bodas de Caná,
tentando discretamente resolver a sua aflição.
Por toda a tua vida de fé,confiança,serenidade
e entrega,obrigada,Mãe,nosso
consolo,nossa ajuda e nossa alegria na
peregrinação desta vida,em direcção
ao único Senhor e Redentor.
16-08-1999

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